domingo, 31 de outubro de 2010

Espelho meu, espelho meu...

«Passos vai ser primeiro-ministro só não sabe é quando»
A tentação para a analogia, local e regional, é grande.
Mas não o faço.
Ainda...

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

'Danças Ocultas'





















O Pedro é, nem sempre mas quase, demasiado assertivo. Espero, no entanto, que nesta dança não acabem sozinhos...

* Crónica publicada na edição de 23 Out'10 @ Expresso
** Outras crónicas de PAS

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Obrigado!

O destaque ao X no 3º aniversário do In Concreto. O blogue exigia mais do que aquilo que lhe dou. De qualquer modo, agradeço o olhar de quem me segue...

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Arranca hoje





















O programa completo aqui.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

1 ano








Para sinalizar um ano sobre o início do mandato do XVIII Governo Constitucional, o Ministério da Cultura inaugurou, hoje, um novo sítio - o Blogue da Cultura. De modo, e segundo as palavras da Ministra, a «(...) criar veículos de informação alternativos, sem intermediários, onde os assuntos da cultura e das políticas em curso no MC sejam colocadas em discurso directo». E onde, tendo em conta os dias que se avizinham, é imperativo «(...) manter canais de comunicação abertos».

A seguir com atenção e expectativa.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sperm Whale off the coast of the Azores

Fotografia Franco Banfi/Photolibrary © (@ Bing)












A imagem fala por si...

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

(I Can't Get No) Satisfaction


Este é e tem sido o modus operandi do maior partido da oposição que agora, e perante a publicação das alterações de serviço público de transporte aéreo entre os Açores e o Continente, diz que o mesmo não o satisfaz.

Os argumentos, tal como os 'provérbios', estão-se a acabar.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Sinais de outros tempos

Fotografia António Barreto * Ilha de São Miguel (há + de 20 anos)

O 'nosso' Mundo mudou.
quem não tenha dado por isso...

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sábado, 23 de outubro de 2010

Imperdível!

















No âmbito da Temporada de Música dos Açores, a Companhia Olga Roriz, apresenta esta noite, no Teatro Micaelense, as coreografias Electra + A Sagração da Primavera.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Desleixo ou abandono?!

Rua de Lisboa, Ponta Delgada, Set'10
















A Rua de Lisboa é a principal porta de entrada, pelo lado poente, da cidade de Ponta Delgada.

No entanto, a degradação a que tem sido sujeita, no decorrer dos últimos anos, está à vista de todos e/ou daqueles que a querem ver.

Para quem lá vive e tem de conviver com: Noites de Verão, afterhours no Coliseu Micaelense, parca iluminação pública, estacionamento selvagem e diversos atropelos automobilísticos, é tempo de implementar medidas de controlo "físico da velocidade", e outros, nomeadamente: lombas de abrandamento, semáforos e melhor iluminação, de modo que seja preservada e reintroduzida a qualidade de vida aos residentes e aos turistas que a frequentam.

Está na altura de alterar este 'estado de coisas'.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Boas notícias

Tarifas promocionais abaixo dos 100 euros com luz verde de Bruxelas
Nos termos legais, estas alterações entram em vigor 60 dias depois da sua publicação no Jornal Oficial das Comunidades Europeias, o que significa que as tarifas promocionais inferiores a € 100, nas ligações entre os Açores e o continente, devem estar disponíveis, ainda, durante o mês de Dezembro.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

«Cumplicidade e oportunismo» *

Já toda a gente pediu a Pedro Passos Coelho que desista da ideia perigosa e aberrante de rejeitar o Orçamento. Do dr. Durão Barroso até (anteontem) um grupo de banqueiros com Ricardo Salgado e Artur Santos Silva à frente. Mas no meio deste espectáculo o Presidente da República brilha pela sua ausência. É verdade que de quando em quando deixa cair uma frase prudente e sibilina, que entusiasma muito a televisão e os jornais. Não devia entusiasmar ninguém, porque o Presidente da República não está a cumprir a sua obrigação mais básica: prevenir solenemente o país de que a atitude de Passos Coelho (e a correspondente fita, que já dura há mais de seis semanas) prejudica o futuro dos portugueses. O silêncio de Cavaco é um acto grave de cumplicidade e de oportunismo.

É um acto de cumplicidade, porque manifestamente encoraja um desvario, que nos vai trazer mais miséria e pobreza; e também porque ajuda Passos Coelho a conseguir que o partido aceite sem tugir nem mugir a sua extravagância e a sua inacreditável estupidez. Nunca o Presidente deveria dar o seu consentimento tácito a um exercício de irresponsabilidade, que põe em risco a vida já difícil da maioria da população e o próprio prestígio da República. E, em segundo lugar, o silêncio de Cavaco é um acto de puro oportunismo, porque se destina antes de mais nada a não hostilizar o eleitorado do PSD de que ele precisa para a eleição presidencial. O homem não quer entrar em guerra aberta com Passos Coelho, mesmo para evitar uma catástrofe, para não perder um voto do seu putativo eleitorado, um alto objectivo que a Pátria com certeza lhe agradecerá.

O pior é que esta subtileza de saloia nem sequer o levará a parte alguma. O português comum acha hoje Cavaco responsável pela questão do Orçamento e a sua reserva sem desculpa. As bandeirinhas que, segundo Alegre, ele distribui pela criançada não compensam o gesto de autoridade (e censura) que lhe cabia imperativamente fazer. O que parece muito hábil agora será um peso, provavelmente mortal, em 23 de Janeiro, caso Passos Coelho acabe, como ele promete, por empurrar Portugal para a impotência e o caos político. Se Cavaco se opusesse a tempo às manobras do PSD, valeria a pena um esforço para o repor em Belém. A neutralidade professoral, inteiramente inútil, que ele adoptou não o recomenda para coisa nenhuma e, muito em particular, para Presidente.

* Vasco Pulido Valente, in Público de 15 Out'10

Leitura obrigatória!

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domingo, 17 de outubro de 2010

Clap, clap, clap, clap!

«Carlos César anuncia suspensão dos aumentos em creches, amas, jardins de infância e ATLs»
Uma decisão que (re)introduz justiça social perante as dificuldades impostas às famílias pelos 'cortes' das medidas de austeridade contidas na proposta de OE para 2011.

Mais uma vez o Governo dos Açores demonstra que trabalha "para bem dos açorianos", colocando as pessoas em 1º lugar.

Aplaudo de pé!!!

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sábado, 16 de outubro de 2010

O fim dos 'ismos'?!




















«(...) Was minimalism the last absurd, exhausted spasm of neophilia, the cult of the new that so defined modern taste? Or is it still, and will it remain, the ultimate refinement of aesthetic sensibility: the place we go when we have been everywhere else? The answer to both questions is yes. (...)»
Recomendação de leitura para um sábado de Outono que mais parece de Inverno.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

À Procura de Escala *

Maqueta Menos é Mais





















A Direcção Regional da Cultura assinou com o Instituto dos Museus e da Conservação, no passado dia 5 de Outubro, um protocolo que visa a realização de uma exposição na Galeria do Rei D. Luís I, no Palácio da Ajuda, entre Outubro de 2011 e Janeiro de 2012, constituída pelo acervo do futuro Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas.

Esta iniciativa constitui prova inequívoca, do interesse e empenho da Região na promoção dos seus criadores, dentro e 'fora de portas'. A concretização deste objectivo é um desígnio do programa do X Governo dos Açores e é, legitimamente, uma das reivindicações maiores da comunidade artística do arquipélago.

As limitações a que está sujeito o 'mercado de arte' nos Açores, associado a um falta de visibilidade e de reconhecimento necessários à evolução, que se impõe, na carreira de quem procura 'crescer', são elementos, mais do que suficientes, para que esta exposição seja reconhecida com uma conquista que visa romper e perspectivar para "fora das fronteiras da Região", o trabalho de quem está confinado à geografias das ilhas.

Mostrar aquilo que por cá se produz é fundamental para quem cria. E por várias razões: pela abrangência com um público alargado e mais exigente; pelo confronto com a crítica especializada ou ainda como introdução a novos mercados. Parte desta problemática reside no facto de, localmente, não existir, salvo raras e valiosas excepções, um trabalho aturado e profissional, no difuso mercado artístico, em torno da promoção dos criadores regionais. Primeiro, porque nem todos os artistas estão representados por uma galeria. Segundo, porque nem todos falam a 'linguagem' que se exige a um meio fortemente concorrencial (ou porque não querem ou porque não têm perfil para isso). Terceiro, porque não existem galerias, em número e com essa 'vocação', no espaço insular.

Não obstante o carácter e o funcionamento do mercado interno, no sector artístico, o que se perspectiva nesta mostra é «(…) um desafio para os Açores se mostrarem e valorizarem no exterior», parafraseando Jorge Bruno, o Director Regional da Cultura.

Mesmo e apesar de uma existência num local (ultra)periférico, longe dos 'centros', é possível estar em sintonia com a contemporaneidade, na medida em que «(…) passámos a estar ligados a todos independentemente do lugar, os recantos mais periféricos estão desencravados, o local está em contacto com o global: a cultura-mundo é a cultura da compressão do tempo e da diminuição do espaço». Mais isso não significa que exista, actualmente, uma 'única' cultura. «(…) Quanto mais o mundo se globaliza, mais particularismos culturais aspiram a afirmar-se nele. Uniformização globalitária e fragmentação cultural caminham a par» (G. Lipovetsky/J. Serroy in A Cultura-Mundo, Ed. 70, 2010). O nosso caso é, neste sentido, paradigmático.

Esta iniciativa marca - de forma simbólica - o arranque das actividades do futuro Centro de Artes Contemporâneas, a ser instalado na antiga Fábrica do Álcool, na cidade da Ribeira Grande, e cujo concurso público, para a empreitada de construção, será lançado até final do mês de Outubro.

Esta mostra incidirá sobre as peças disponíveis na Colecção de Arte Contemporânea da Região, que conta com um núcleo principal composto por cerca de três centenas de peças, cuja aquisição tem vindo a ser traçada ao longo da última década.

A Colecção é composta, essencialmente, por pintura e escultura, na sua maioria de criadores açorianos, mas onde figuram outros artistas nacionais e internacionais. É, nas palavras de Jorge Bruno, «(…) uma colecção representativa dos principais criadores açorianos, mas onde eles se confrontem com os criadores do exterior». Pretende-se que a mesma venha a constituir-se como referência e de visita obrigatória a quem nos visite.

É com base neste confronto de linguagens que podemos ambicionar a construção de um novo Centro, polivalente, que posicione a Região, também, como pólo criador. É uma questão de programarmos à "escala justa".

Neste ponto, parece-me adequado citar Gabriela Canavilhas, a actual Ministra da Cultura, quando escreve que: «(…) A obrigação do Estado, num governo socialista, é garantir a liberdade, a pluralidade, a diversidade, a memória, o passado e o futuro da nossa identidade cultural - património herdado e aquele que queremos legar, em permanente regeneração. Essa é a grandeza e imprescindibilidade da arte (…)» (in Público 17 Set’10).

Há, no entanto, quem receie a "liberdade absoluta que a arte comporta". Para outros, é uma questão de orgulho e de "marca genética".

Alexandre Pascoal, Outubro 2010

* Título de um livro de António Pinto Ribeiro, editado em 2009 pela Cotovia
** Publicado na edição de 14 Out'10 do Açoriano Oriental

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A partir de amanhã

Fotografia Francisco Botelho
















A campanha «VisitAzores com voo incluído», promovida pela Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) e com o apoio da Secretaria Regional da Economia dos Açores, arranca amanhã e decorre entre 15 Out'10 e 31 Mar'11.

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O meu 'ecoponto'

Parque do Peru, Ponta Delgada, Out'10
















Esta situação é mais do que recorrente e passou a ser um mau cartão-de-visita a quem, em sua casa e muitas das vezes sem espaço para o realizar, faz a triagem do seu lixo doméstico.

Não sou daqueles que desmotivam ao primeiro sinal de contrariedade. E não faço da minha prática - o 'exemplo' de todos. Outros há que, perante este cenário, desacreditam do 'processo'.

Temos de reconhecer que é frustrante verificar a 'insuficiência' de quem não cumpre com o estipulado, age de forma irregular e sem a celeridade que este tipo de acções exige. O lixo aqui fotografado permaneceu 'intacto' todo o passado fim-de-semana. Infelizmente, não faltam exemplos destes. Para isso bastará uma simples deambulação pela urbe. Esteve mau tempo?! Esteve. Mas se a recolha fosse atempada, contínua e eficaz, porventura não teríamos a proliferação destes 'aglomerados'.

Para o caso de sermos confrontados com um ecoponto vandalizado ou sobrelotado devemos informar o município pelo nº disponível (800223660), de forma a denunciar a situação e exigir a sua resolução. É nosso dever exigir a quem gere os destinos municipais que faça o que lhe compete.

A proactividade em prol de uma cultura de eficiência e de respeito pelo espaço público é uma tarefa de todos. Como munícipes devemos pugnar quotidianamente pelos nossos deveres/direitos e não apenas quando o 'lixo nos bate à porta'.

* Informação complementar em O Meu Ecoponto

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

A infelicidade de um 'título'





Mulher no corpo da notícia. Prostituta no título. A razão desta categorização, alguém?!

Parece-me uma leitura apressada da sociedade que nos rodeia, e a perpetuação de 'estigmas', por intermédio de uma 'opção editorial'.

Não havia necessidade. Penso eu de que...

* Título da página 5 da edição de 12 Out'10 do Açoriano Oriental

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Concertos pedagógicos









A Orquestra Académica Metropolitana está, a partir de hoje, em digressão pelos Açores.

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domingo, 10 de outubro de 2010

O que diz o Público do Angrajazz'10

Fotografia Público

Jazz Transatlântico
No primeiro dia, cumprindo a tradição, apresentou-se a Orquestra Angrajazz, desta vez com a participação especial do trombonista Luís Cunha. Dirigida, como habitual, por Claus Nymark e Pedro Moreira, a orquestra, integrada por jovens músicos residentes na Terceira, interpretou um repertório dedicado essencialmente à obra de Wayne Shorter.
Com alguma desenvoltura instrumental e boas intervenções por parte de Nymark (trombone) e Moreira (saxofone), destacou-se sobretudo a excepcional clareza e foco do trombone de Luís Cunha, a quem falta apenas um pouco mais de arrojo nas improvisações. Estranhou-se o facto de não ter acontecido uma única intervenção solista por parte dos músicos locais, factor que vem subverter toda a lógica que presidiu à criação da orquestra.


Actuou de seguida a Mingus Dinasty, banda que se dedica, há anos, a divulgar e interpretar o repertório do contrabaixista e compositor Charles Mingus. Formada por Wayne Escoffery ("sax"-tenor), Abraham Burton ("sax"-tenor), Alex Sipiagin (trompete), Frank "Ku-umba" Lacy (voz, trombone), Boris Kozlov (contrabaixo), Kenny Drew Jr (piano), e Donald Edwards (bateria), destilou um hard-bop extremamente eficaz, em que se destacaram as improvisações de Burton, contidas mas com enorme direcção, Lacy, brilhante no trombone mas um pouco excessivo nas intervenções vocais, e particularmente Kenny Drew Jr, sendo este quem melhor soube evocar o espírito de Mingus.


No segundo dia, o pianista Stefano Bollani entrou em cena como um furacão, fazendo antever o melhor. Com uma técnica prodigiosa e um drive rítmico bastante mais poderoso do que no seu último registo para a ECM, Bollani fez a música cantar e dançar, brincando com os tempos e intercalando sucessivas explosões harmónicas que potenciavam cada novo segmento das canções. A secção rítmica, formada por Jesper Bodilsen e Morten Lund, cumpriu, sem estar, no entanto, à altura da exuberância criativa de Bollani. Infelizmente, sucessivas tiradas de um humor igualmente exuberante, por parte de Bollani, interromperam o fluxo musical e acabaram por desconcentrar músicos e assistência.


Na segunda parte, a cantora Paula Oliveira apresentou o seu novo disco, Raça. Reunindo o trio - Leo Tardin, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso - a um quarteto de trombones liderado por Lars Arens - com Claus Nymark, Luís Cunha e Rui Bandeira - Oliveira alinhou uma ambiciosa selecção de temas, entre originais e standards, e procurou um som novo e original. Com os trombones a marcar os melhores momentos do espectáculo - destaque para a versão de Cão - revelaram-se, no entanto, alguma falta de ensaios e, sobretudo, fragilidades da voz e postura em palco de Oliveira.


No último dia, após uma actuação da Orchestre National de Jazz que teve demasiado estilo e pouca substância, algures entre o pop cabaret dos Pink Martini e um lounge-rock estafado com pretenções vanguardistas (salvando-se, ainda assim, o carácter de entertainment da coisa e um jovem saxofonista e clarinetista, Rémi Dumoulin), seguiu-se aquele que foi o grande concerto do festival, o Transatlantik Quartet do contrabaixista Henri Texier.


Com Joe Lovano (saxofone), Steve Swallow (baixo eléctrico), e Aldo Romano (bateria), o concerto revelou quatro mestres absolutos nos seus respectivos instrumentos, a tocar com a inspiração, rigor e vitalidade que lhes garantiram já um lugar cativo na história do jazz. É um enorme prazer observar a forma como abordam os seus instrumentos, como trabalham sequências harmónicas injectando-lhes pequenos detalhes de uma enorme criatividade que transportam a música para um nível superior de comunicação. Exemplos máximos terão sido os solos absolutos de Swallow e de Romano, bem como toda a actuação, explosiva, de Lovano, que tirou proveito de um set enérgico e vibrante. Certeira foi também a combinação de timbres dada pelo contrabaixo e pelo baixo eléctrico. Surpreendente e inspirador.
Rodrigo Amado, Y/Público de 8 Out'10
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

City Sickness





Rua de Lisboa, Set'10
 
À primeira vista parece um carro estacionado igual a tantos outros. Depois verificamos que não é bem assim. E não é uma nova peça de mobiliário urbano. É apenas mais 'um' veículo que jaz abandonado nas ruas da cidade do 'maior Concelho dos Açores'.

Este exemplar passou incólume, durante todo o Verão de 2010, e sem que 'ninguém' desse por ele.

Uma missão para a recém-criada Polícia Municipal?! Parece-me que sim.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

100 anos e um dia

«(...) Parece que a Iª República cometeu o grande pecado de ser uma balbúrdia, - mas por oposição a quê? Pelos vistos, deve haver quem ache que o resto do mundo era, naquele primeiro quartel do século XX, uma espécie de pacífico jardim.
Não era; desde ocupantes de cargos eleitos a cabeças coroadas, do primeiro-ministro de Espanha ao arquiduque da Áustria, houve homicídios para todos os gostos naquela época. Não excederam, contudo, a morte massificada da gente comum; entre os anos de 1914-1918 - não tinha a nossa República quatro anos - houve simplesmente uma Guerra Mundial, neste continente e nas suas colónias. Quando essa Grande Guerra e a sua estúpida e inútil mortandade acabou, tinham acabado também vastos impérios: o dos Czares, varrido por duas revoluções e desmembrado; o Austro-Húngaro, despedaçado; e pouco tempo depois o Império Otomano. No culminar desse processo, fez-se o ensaio geral aos genocídios que seriam levados às maiores consequências nos meados do século XX europeu. A República Portuguesa lá aguentou, mas entre a Iª e a IIª Guerra Mundial nasceram o fascismo na Itália, o nazismo na Alemanha, e regimes seus aparentados - como a ditadura nacional em Portugal - um pouco por toda a Europa. Desfez-se o sonho da Sociedade das Nações. Como eloquentemente diz a historiadora Zara Steiner, esta foi a época em que - por quase todo o mundo e sobretudo na Europa - “as luzes falharam”.
Perante isto, - ou melhor, esquecendo isto - há gente que faz da leitura da Iª República uma única lenga-lenga sobre como os líderes políticos portugueses da época eram defeituosos. Pois eram. Sem querer ser preciosista, esse é exatamente o sentido da República: sermos governados por gente imperfeita. Precisamente porque não existe gente perfeita, nem gente que herde a predisposição para governar vitaliciamente um país, o princípio republicano é o de que nem o nascimento nem a classe social devem vedar alguém de eleger e ser temporariamente eleito. Isto é uma coisa boa, e uma coisa simples. Às vezes há coisas assim. É pueril alegar que ser governado pelo filho do rei da Casa de Bragança tivesse sido melhor do que ter sido governado pelos Srs. Teófilo Braga ou Bernardino Machado, mas quer o sentimento anti-progressista que rasguemos as vestes por cada vez que este país deu um salto político. Pelo grande gozo que é “irritar a esquerda”, pratica-se o contorcionismo da mioleira. Mesmo assim, o liberalismo continua a ser melhor do que o absolutismo; e a república melhor do que a monarquia, a democracia melhor do que a ditadura. Melhores porque regimes mais livres e mais iguais, mais próximos do princípio de que a sociedade se pode - e deve - auto-governar. (...)»
Leitura obrigatória para esta crónica (e todas as outras) do Rui Tavares, publicada ontem com o Público, sobre aqueles que, em ano de Centenário, 'depreciam' a República e 'suspiram', quiçá, por tempos idos.

* o bold é meu 

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

«Arquipélago»

Filipe Franco Linha de Terra, 2004





















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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Blackout
















O lado sul do Teatro Micaelense está, literalmente, ‘às escuras’ desde que terminaram as obras de requalificação do antigo Largo de S. João.

Para além do aparente ‘abandono’ do local, em particular, naquele em redor desta importante ‘sala de visitas’ da cidade, o mesmo está sem iluminação pública. O que dificulta a vida a quem por lá transita. E 'facilita' a quem prevarica.

É, infelizmente, mais uma infelicidade municipal, num concelho que se diz feliz mas que tem, neste âmbito, poucas razões para sorrir.

Felizmente, e a outro nível, a noite foi luminosa.

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domingo, 3 de outubro de 2010

Posta dominical


Recta final para uma semana em que havia e há muito para e por dizer...

"You know I why I hate you, baby?/ Because you make me hate you, baby (...)".

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sábado, 2 de outubro de 2010

Estreia mundial















Hoje, 2 de Outubro, pelas 21h30, no Teatro Micaelense, acontece, pela primeira vez nos Açores, o concerto de laureados do Prémio Jovens Músicos/2010 (PJM). Este concerto está integrado na Temporada de Música 2010 e assinala as Comemorações do Centenário da República com a presença da Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Osvaldo Ferreira, que fará a estreia mundial da obra sinfónica Centenário da República, do compositor Filipe Pires, encomendada pela Presidência do Governo Regional dos Açores através da Direcção Regional da Cultura.  

Imperdível!

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Modas

Por estes dias o que prevalece, pelos menos aparentemente, é o diz que disse... Parece - dizem - que é uma espécie de pisca, pisca.

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