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Parque eólico de Torres do Canto, Pico | Portal das Energias RenováveisO Verão nos Açores (em São Miguel, pelo menos!) não está para isso. São as mudanças climáticas, dizem-nos. Isto apesar da recusa de determinados “cépticos” perante os cenários “apocalípticos” de alguns - poucos, lunáticos e fanáticos - ambientalistas (!). É, digamos, uma avaliação “simplex” (sem nada de substantivo para discussão, ao contrário da medida propriamente dita).
Por estes dias a leitura é mais diversificada e no contacto imediato com o número estival da revista
INTELLIGENT LIFE cheguei ao livro “
Sustainable Energy - Without the Hot Air” de
David J.C. MacKay, um físico de Cambridge que nos faz de forma escorreita, e rigorosa, uma abordagem à discussão emergente sobre a alternativa energética consubstanciada através das energias renováveis face à energia fóssil que hoje consumimos (e que muito tem contribuído para as mudanças climáticas induzidas, sobretudo através do aumento do nível de CO2 na atmosfera).
Através deste “olhar” é possível vislumbrarmos os números e os actos que fazem a “diferença”, na luta desigual contra o desperdício, e sobre o “papel” que cada um de nós tem nesta longa caminhada para a eficiência energética que é, ou será no futuro próximo, uma das “formas” mais rentáveis de energia renovável. Ao contrário do que se possa pensar, e fazer, David MacKay afirma que a tão propalada “máxima” - “
Every little helps!”, é um mito. Pois, na sua perspectiva, “
If everyone does a little, we’ll achieve only a little”. Basilar. E, a título de exemplo, dá-nos o da campanha em Inglaterra para desligar os carregadores de telemóveis, para demonstrar que não é por aqui que chegamos lá, ironizando que tal prática é, ou seria, o equivalente a “salvar o Titanic com uma colher de chá”. De qualquer modo, devemos sempre desligar todos os nossos aparelhos domésticos depois de utilizados e nunca permitir que fiquem em “standby”...
Nesta “urgência” em substituirmos as energias fósseis por renováveis o autor deixa-nos uma mensagem contundente e realista, isto porque, para mantermos os níveis actuais de consumo (leia-se conforto) dificilmente o faremos “somente” com energias verdes (e com isso não exclui o uso da energia nuclear). Uma pequena “provocação”. Apesar do carácter “informal” está por demais evidenciada a “urgência” da temática e a importância de agirmos “já”, na medida em que o tempo do “desenvolvimento sustentável” já era! Estaremos perante mais uma “
verdade inconveniente”?!
* Publicado na edição de 04/08/09 do
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