segunda-feira, 31 de maio de 2010

Boas práticas



Para além da medida, em si, julgo ser pertinente realçar a parceira entre a Universidade dos Açores e o Governo dos Açores na resolução de uma intervenção local.

Devemos caminhar, cada vez mais, nesta direcção - na de cultivar uma inclusão consequente da academia açoriana no quotidiano insular.
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domingo, 30 de maio de 2010

'Ode à Alegria'






















Concerto integrado na programação Açores - Região Europeia'10 com as prestações do Coral de São José, a orquestra Clássica Francisco de Lacerda e alguns dos mais prestigiados solistas nacionais.

Depois da noite de ontem, espero que a tarde de hoje seja, igualmente, memorável.

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

69 & 3













O Emissor Regional dos Açores da antiga Emissora Nacional foi instalado em Ponta Delgada há, precisamente, 69 anos. Nesta data simbólica arrancam, igualmente, as emissões da Antena 3/Açores na Região.

Aos responsáveis por esta missão, que se espera gloriosa, dirijo os meus sinceros votos de parabéns!

Um projecto para o qual tenho/vou colabora(do)r...
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Últimos dias



Reportagem na RTP 1 sobre a exposição do escultor Canto da Maia patente no Palácio Galveias, em Lisboa.

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Existem obras e Obras


Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão, Flores

3 novas reportagens fotográficas* da dupla Fernando Guerra e Sérgio Guerra (FG+SG) sobre 3 projectos desenvolvidos nos Açores, cuja qualidade vem demonstrar que não basta a obra e que, o projecto, é tanto ou mais importante.

Para a mais-valia reprodutiva, que daí advém e que se quer garantir, importa o acréscimo qualificante do edificado e o que 'fica' depois do anúncio.

Um mau projecto não deixa saudade, não faz memória e pouco ou nada acrescenta à História.

* 1 lembrete do 2010.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Para colocar nos favoritos

«(...) Não se nasce nestas ilhas impunemente. Não se trata apenas de uma referência geográfica ou toponímica – mas antes dum pequeno mundo, completo e perfeito, dentro doutros mundos. Talvez por isso Antero tenha proclamado que somos 'seres excepcionais, rodeados de seres menos excepcionais por todos os lados'. (...)»
Ainda e sobre o Dia dos Açores celebrado ontem, na ilha do Corvo, não podia, aqui, deixar de passar o discurso acutilante do Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, no qual lembrou que a luta Autonómica se faz todos os dias. E que, mais do nunca, este é o tempo para o reafirmar e consagrar.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dia dos Açores








O programa completo das comemorações do Dia da Região'2010 que este ano se comemora na ilha do Corvo.

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domingo, 23 de maio de 2010

Intermezzo



A minha iniciação no universo Cave & The Bad Seeds com The Good Son onde oscilavam introspecções orquestradas com momentos mais enérgicos fruto do lado visceral do crooner que é Nick.

Passados 20 anos eis que surge no mercado uma reedição, no formato CD + DVD, daquele que é considerado um dos melhores discos de toda a obra de Nick Cave.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cultura, contributo para o desenvolvimento local


foto Pedro Caetano

O deputado do PS/Açores, Alexandre Pascoal, defendeu, esta quinta-feira, que a Cultura deve ser um importante catalisador do desenvolvimento económico local, com os museus e bibliotecas públicas a assumirem-se como espaços "âncora" nesta estratégia.

Estas infra-estruturas devem ser dos "principais catalisadores económicos do local, no qual devem coexistir um número significativo de actividades interdependentes, constituindo-se, de forma integrada, como espaços 'âncora' no desenvolvimento local", defendeu o parlamentar socialista, numa intervenção no plenário que está a decorrer na Horta.

Segundo Alexandre Pascoal, o impacto do valor das artes na economia local fica demonstrado com o número de entradas verificadas no conjunto dos Museus da Região, que, desde 2007, tem vindo progressivamente a subir, atingindo, em 2009, cerca de 95.000 visitantes, mais 27.000 do que dois anos antes.

De acordo com o deputado do PS/Açores, um estudo recente sobre o sector cultural e criativo em Portugal, efectuado pela empresa do ex-ministro da Economia Augusto Mateus, revela que, em 2006, estas actividades foram responsáveis por 2,8% de toda a riqueza criada no país.

"Este valor é expressivo e justifica, plenamente, a necessidade de um olhar mais atento sobre o papel da cultura e da criatividade na economia portuguesa e na açoriana, em particular", disse.

Na sua intervenção de tribuna, Alexandre Pascoal salientou, ainda, que, para este ano, o Governo dos Açores afectou cerca de 22,5 milhões de euros na defesa do património e no apoio às actividades culturais, um valor que corresponde a 2,7% do investimento público previsto e a um aumento de 25,8% em relação a 2009.

Perante os deputados açorianos, o parlamentar do PS/Açores realçou, também, que na Região foi construída, embora de carácter informal, uma rede regional de cineteatros e auditórios, numa iniciativa de governo e autarquias.

"Como resultado temos, actualmente, uma maior produção artística regional e um aumento da procura cultural, fruto da proliferação de eventos em locais que antes não os tinham e não dispunham das condições de os promover", destacou.

De acordo com Alexandre Pascoal, fazer com que a Cultura faça parte da vivência intrínseca das populações vislumbra-se, cada vez mais, como algo fundamental na formação contínua dos indivíduos.

"A fruição dos espaços culturais existentes, e a erigir, tem de ser encarada como uma mais-valia reprodutiva, não só ao nível cognitivo e do intelecto mas, também, como incremento económico no local de implementação", alegou o deputado socialista.

A concluir, Alexandre Pascoal referiu que todos os cidadãos têm o direito de aceder à Cultura e a um serviço público na área da fruição cultural, quer como criadores, participantes ou espectadores.

"Esta é a forma de alcançarmos uma região, mais equilibrada, mais coesa e mais democrática", disse Alexandre Pascoal, para quem, nesta área, "devem todos trabalhar em rede, mesmo que não haja formalmente uma Rede".

* nota de imprensa do GPPS

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

!

«A Câmara Municipal de Ponta Delgada admite criar uma sociedade para gerir e impulsionar a reabilitação do centro histórico da cidade, aproveitando as potencialidades do novo Regime da Reabilitação Urbana (...) *»
Afinal parece que sabe. Comentários para breve.

* Extracto de uma notícia publicada hoje no Açoriano Oriental (20.05.2010)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não gosto disto



O município, aparentemente, não quer ou não sabe o que fazer.

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sábado, 8 de maio de 2010

Na mala



«(...) Recorra aos dispositivos de imagem, sabendo que ela lhe dará um acesso rápido aos recursos da alma (...) Se precisar de substituir os sentimentos cansados da existência reinstale o desejo no painel do corpo (...)».


Aquirido na Livraria Gil, em Ponta Delgada.

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Horizontes Insulares


Maria José Cavaco

Maria José Cavaco é a artista convidada para representar os Açores na exposição Horizontes Insulares que inaugurou, ontem, no Centro de Arte La Regenta em Las Palmas, Gran Canaria.

Maria José Cavaco apresenta o projecto Rotas de Todos os Dias formado por 101 desenhos [50 folhas(18x15cm) desenhadas nas duas faces e uma (18x28cm) com desenho numa só face.

Este é um projecto que, segundo os seus promotores, responsáveis pelo conceito e pela representação artística das várias realidades insulares, "encerra a novidade de colocar em contacto, pela primeira vez, no seio de um projecto cultural, artístico e literário, ou literário e artístico, criadoras e criadores contemporâneos destas múltiplas e diversificadas geografias insulares".

Iniciativas como esta são fundamentais para a visibilidade pretendida pelos artistas, e responsáveis governamentais, do arquipélago. Maria José Cavaco, como já escrevi noutro local, trilha um caminho próprio e seguro. É, sem margem para muitas dúvidas, uma das mais 'inconformadas' artistas da sua geração.

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

La calle tiene cultura


Angra do Heroísmo, Abril'10

Uma solução eficaz, pelo menos aparentemente, para a beataria que popula as entradas (& saídas) de estabelecimentos comerciais, empresas e organismos públicos.

Num país civilizado é impensável arremessar para a via pública algo que a possa conspurcar, sem que com isso não haja uma consequência ou advertência. Por cá não há moleste.

Vamos lá chegar...devagarinho. Na Terceira já deram um passo...

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Neofrugalismo

«Crise torna portugueses mais moderados na hora de gastar (...) Não é uma moda. Mesmo que haja retoma, estas mudanças no consumo vão permanecer»
Parece-me que esta é mais uma contingência 'forçada', fruto do actual cenário económico. Por um lado, esta 'racionalização' do consumo não me parece mal. Pior estão os que vivem da 'irracionalidade' alheia.

Para ler na edição de hoje do Público.

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terça-feira, 4 de maio de 2010

O melhor candidato



Apresentação da Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República hoje, pelas 18h00, no Salão Nobre do Teatro Micaelense.

O candidato justifica a escolha da ilha de São Miguel para este anúncio pelo carácter simbólico, para onde foi há 50 anos relegado pelo regime salazarista para cumprir castigo militar, e pela sua "grande ligação cultural, política e afectiva" aos Açores.

Uma candidatura "abrangente e agregadora da esquerda" e a "mais amiga das Autonomias".

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

A política virada para dentro *

«Nos últimos dias, o Grupo Parlamentar do PS/Açores apresentou três iniciativas direccionadas para as áreas agrícola, social e cultural, que dão corpo a questões do quotidiano dos Açores e que pretendem ser contributos válidos e úteis para a melhoria dos respectivos sectores.

Refiro-me, concretamente, à criação de um grupo de trabalho interno que vai estudar as implicações do anunciado fim das quotas de produção de leite, a constituição de uma comissão parlamentar eventual para aperfeiçoar a aplicação do Rendimento Social de Inserção e uma iniciativa legislativa para que sejam criados roteiros culturais em torno dos grandes vultos da Cultura dos Açores.

Pode-se concordar ou não com estas medidas, o que é obviamente legítimo, mas a verdade é que todas elas, nas suas devidas áreas, demonstram a atenção do Grupo Parlamentar do PS/Açores para com o pulsar da sociedade açoriana, ou seja, com os desafios presentes e futuros dos seus vários sectores.

Permitam-me, ainda, que faça o contraponto com a iniciativa apresentada, também esta semana, pelo maior partido da oposição, que pretende maiores poderes para as comissões parlamentares de inquérito. Não se trata de desmerecer as próprias propostas, que são importantes na perspectiva da fiscalização democrática e política. Trata-se, sim, de comparar o foco da atenção política que move os dois partidos.

Enquanto o Grupo Parlamentar PS/Açores está preocupado com os açorianos, em dar respostas aos seus problemas e aos anseios, a atenção da bancada do PSD está centrada em conseguir instrumentos regimentais e políticos fiscalizadores, os quais - sendo importantes, reafirmo - não contribuem para as soluções que os Açores necessitam para o seu futuro.

É esta espécie de política virada para dentro que o PSD/Açores faz constantemente, apesar das declarações públicas no sentido contrário, que ficou provada, mais uma vez, nas decisões da sua Comissão Política Regional.

Refiro-me, obviamente, ao apelo que a Presidente do PSD/Açores fez à recandidatura presidencial de Cavaco Silva. Numa fase inicial, ainda pensei que fosse uma gafe ou, na melhor das hipóteses, uma ironia mal conseguida. Mas não. Rapidamente percebi que a Presidente do PSD/Açores estava a falar a sério, apesar de ter a certeza que são seria para levar a sério.

Afirmar que a reeleição de Cavaco Silva é uma "oportunidade a favor dos Açores" demonstra uma total falta de sintonia e de respeito para com os princípios e os objectivos autonómicos que o próprio PSD/Açores, há décadas atrás, foi um fiel defensor.

Defender que o actual Presidente da República é, dos candidatos presidenciais, o "único que garante uma leitura adequada e segura do quadro constitucional em função das movimentações político-partidárias que possam ocorrer na República e na Região" é a confirmação objectiva – finalmente - de que lado esteve o PSD/Açores aquando do debate nacional sobre o nosso Estatuto da Autonomia.

Neste importante momento da História recente da nossa Autonomia, Cavaco Silva fez questão de mostrar que, para si, a Autonomia é um empecilho constitucional. A estrutura regional do PSD/Açores, que nunca se comprometeu nas recentes eleições directas nacionais com nenhum candidato, não tem, agora, qualquer problema em apoiar e incentivar um Presidente da República que foi, manifestamente, o instigador de desconfianças relativas à Autonomia Regional.

Cavaco Silva acha a Autonomia um embaraço. Manuel Alegre faz questão de lançar a sua candidatura presidencial, nos próximos dias, em Ponta Delgada. São duas formas distintas de ver e interpretar os Açores
».

Por aqui se vê quem é que está, realmente, de "costas voltadas" para os açorianos, contrariamente àquilo que é dito pela líder do PSD/A.

* artigo de opinião de Hélder Silva - líder do grupo parlamentar do PS, publicado no Açoriano Oriental de 02.05.2010

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domingo, 2 de maio de 2010

The Azores











«Explore black beaches, cool waters and hot volcanoes, then go whalewatching»
Um destaque ao arquipélago na londrina Time Out [Travel].

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sábado, 1 de maio de 2010

O ‘sonho’ não é coisa vã


Antero por Columbano Bordalo Pinheiro

O verso de Antero de Quental que 'inspira' esta crónica surge a propósito do Projecto de Resolução que o Grupo Parlamentar do PS/Açores apresentou na passada semana, na Horta, e que visa a criação de Roteiros Culturais.

A iniciativa, sendo simples, é muito mais ampla do que aquilo que possa, aparentemente, parecer. Primeiro, porque promove a transmissão da cultura e identidades regionais, através de um formato que, sendo lúdico, é, simultaneamente, pedagógico, junto quer daqueles que nos visitam, quer também dos que aqui moram.

A proposta sugere que o primeiro Roteiro Cultural a criar seja o de Antero de Quental, um "génio que era um santo", nas palavras de Eça de Queirós, e que foi também, como se sabe, uma das figuras mais marcantes de toda a cultura portuguesa e o símbolo maior da Geração de 70.

Sugere também que se requalifique o "Largo da Esperança", situado no Campo de São Francisco, lugar onde Antero de Quental se suicidou e onde habita a sua memória... E que é, por estes dias, um sítio marginal e que padece de falta de visibilidade e dignidade.

Ora, sistematizar esta memória, a par de outras que a própria proposta sugere – e, no caso de Antero, na cidade que o viu nascer e morrer –, é da mais elementar justiça...

Construir o futuro de um lugar, seja ele qual for, pressupõe que se conheça o passado, sem ceder à vulgar tentação de lhe "apagar" etapas. Ora, a criação de Roteiros Culturais, para além de divulgar os nossos maiores e as nossas memórias, convida a que todos possam fruir dos percursos históricos que fizeram a história destas ilhas, em todos os domínios.

Haverá, por certo, quem estranhe esta criação; quem ache (menos do que entenda), que esta não é fundamental ou que é até desnecessária ou, porventura, já exista. Nestes dias, em que a rapidez do anúncio é o que mais importa, em detrimento daquilo que realmente é, esta coisa de contar a nossa história, em passos, pode, porventura, parecer esdrúxula. Mas, não faz mal. Trataremos de que tal não venha a acontecer.

O facto é que um lugar que parece ter muito para oferecer, mas que pouco ou quase nada tem organizado, parece quase não existir no tempo da sua história. O turismo cultural, que é, hoje em dia, uma das vertentes turísticas que mais cresce e se desenvolve em todo o mundo, encontra nalguns dos nossos lugares poucas razões para vingar. Esta é uma oportunidade para encurtarmos esse caminho e fazermos com que haja mais motivos para "enriquecermos" o património que está à nossa mercê.

É por isso que a criação destes Roteiros Culturais, que serão de Antero, como de outras figuras maiores da nossa Cultura (casos de Nemésio, Lacerda, Dias de Melo, Correia Rebelo, Canto da Maia, entre outros), é o contrário de uma visão redutora, que faz depender somente da memória recente e de narrativas mais ou menos dispersas de um passado glorioso, o que se espreita na gaveta fechada ou se encontra circunscrito a um círculo de alguns, poucos.

Nesta medida, torna-se ainda mais pertinente a concretização desta proposta – a da criação de Roteiros Culturais nos Açores – pela descoberta e abertura de novos motivos para sermos, ainda mais, parte integrante da nossa história e, com ela, fruirmos dos percursos de um tempo novo, que muito deve aos que por cá passaram antes de nós.

Alexandre Pascoal, Abril 2010

* Publicado no Açoriano Oriental de 30.04.10

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