Perante o falhanço (que já não é aparente) do Governo Regional dos Açores no cumprimento das medidas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), atestado por uma plêiade alargada de empresários, associações ou do próprio Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), assistimos a uma litigância ensaiada dirigida (na vã tentativa de justificar as suas próprias insuficiências) ao Governo da República.
Nestes últimos meses, este atraso endémico tem sido responsavelmente
sinalizado, pelo maior partido da oposição, corporizando politicamente as vozes
da economia regional que, em uníssono, sentem na pele a ausência de liderança na
gestão e aplicação destes importantes recursos.
Esta semana, o CESA voltou a reconhecer que “nada evoluiu”
nos “marcos e metas que já estavam atrasados dos trimestres anteriores”, manifestando,
o que é experienciado, quotidianamente, em todas as ilhas, por agentes económicos
e sociais e pela administração pública regional, a falta de competência deste
Governo Regional. A que agora acresce, gravosamente, a sua incapacidade
institucional na relação com a República.
Previsibilidade, é uma palavra que esta solução governativa deprecia (e aparenta desconhecer) e que tanta falta faz aos Açores (e aos Açorianos). Apesar de coligada, a responsabilidade permanece oculta.
[+] publicado na edição de 26 maio 2023 do Açoriano Oriental