O ruído noticioso (e falacioso) contamina tudo e todos, com particular disseminação nas redes sociais, conduzindo a uma maior polarização da sociedade, a um sentimento de desesperança e ao descontentamento generalizado. Território fértil para os populistas.
A integridade e a ética não podem ser úteis apenas quando
nos são favoráveis. Parte do descrédito associado aos políticos (da actualidade)
deriva das suas posições ambivalentes.
As investigações criminais insulares (recentes) são, a este
respeito, um bom exemplo de como o entendimento partidário acaba por exigir uma
coisa em território continental e defender o inverso quando se trata de um
membro da nossa família política.
Ao contrário dos que defendem (irresponsavelmente) a
generalização da corrupção (que mais não é um reflexo do que somos como
sociedade), há que aplaudir as investigações judiciais e o maior escrutínio da
gestão da coisa pública.
Existirá, igualmente, quem considere que o ministério público não respeita o calendário político. Em que medida será ele, alguma vez
que seja, oportuno? E, neste âmbito, qual a leitura (política) às recomendações
do Tribunal de Contas no rescaldo eleitoral (nos Açores)?
[+] publicado na edição de 9 fevereiro 2024 do Açoriano Oriental
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