São Miguel encontra-se numa situação sem paralelo, a ilha mais populosa do arquipélago está sem hospital público.
Não estamos a falar
(apenas) de um edifício, é a estrutura de saúde de referência em qualquer plano
de emergência (municipal e regional), garantindo uma multiplicidade de
respostas (médicas) que se estende ao todo da região.
Os constrangimentos
com o encerramento abrupto daquela unidade de saúde estão, ainda, a ser
contabilizados, sendo que aqueles que necessitam de assistência continuada
viram agravada a sua qualidade de vida.
Felizmente, não
existem vidas a lamentar e é de louvar o empenho de todos os profissionais envolvidos
no combate ao incêndio, na evacuação e no acolhimento de doentes.
Perante esta
condição impensável, há quem considere a construção de um novo hospital (como
se isso fosse possível realizar num curto espaço de tempo), quando o que
importa garantir, neste momento, é como dar resposta à “situação absolutamente crítica do Sistema Regional de Saúde e da capacidade hospitalar fundamental e imprescindível às populações” (Guilherme Figueiredo).
O carácter crítico desta ocorrência exige celeridade e competência, sem deixar cair a responsabilidade num manto de opacidade.
[+] publicado na edição de 10 maio 2024 do Açoriano Oriental
Sem comentários:
Enviar um comentário