terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Contracorrente

«(...) Ao contrário do que pode parecer evidente para os mais curtos de visão e adeptos de bailaricos e fogos-de-artifício a crise do país não deve significar a morte da Cultura, antes pelo contrário. 2011 pode e deve ser o ano da Cultura em contra-ciclo com o estado de alma em que estão mergulhados os portugueses. Esta tristeza generalizada que se apossou do país e deixa-nos a todos cada vez mais sorumbáticos e assustados. E esse medo tem reflexos na retoma do país. Esse medo faz-nos retrair no consumo, impede investimentos, debilita ainda mais a nossa capacidade de enfrentar o dia-a-dia. Neste ano de anunciada desgraça que se promova a Cultura, que se apoiem criadores conceituados e incentivem os novos talentos. Ao invés de cortarem nas exposições, nos concertos, nas artes de palco em geral, nas artes plásticas, que se faça precisamente o contrário. (...)»
Fiquei deveras satisfeito com o último editorial de Paulo Simões pois, aparentemente e ao contrário de alguns, há quem, como eu, considere a Cultura como um bem indispensável e não tenha pudor em afirmá-lo.

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