«(...) Já não se entende que, perante uma proposta de alargamento desta remuneração aos funcionários das autarquias, recomendação feita pela Associação de Municípios, o PSD tenha votado contra no Parlamento. E menos se percebe ainda que, apesar de não concordarem, vários municípios de gestão social-democrata tenham decidido por em prática tal procedimento. O caso é ainda mais flagrante quando se analisa o município de Ponta Delgada. É então que surge a figura da "Olívia empregada", que justifica a inevitabilidade da remuneração compensatória por se tratar de uma lei e, como tal, ser obrigatória a sua aplicação. É bom lembrar que o Diploma que prevê o alargamento da remuneração compensatória aos funcionários das autarquias coloca nos municípios a "decisão de aplicar ou não a medida", e aliás, foi esse facto que, segundo o comunicado do Representante da República, justificou a sua promulgação imediata. (...) Afinal em que é que ficamos? Contra ou a favor? Contra, perante a opinião pública, fazendo o discurso de que há quem ganhe menos e que merecia um aumento de salário, mas a favor, das portas para dentro, quando toca aos seus? A coerência é um exercício de exigência e rigor político, por sinal difícil para alguns.»Ou o mesmo é dizer que aquilo que é considerado injusto para os Açores é «justo» para Ponta Delgada.
A (in)coerência da líder do maior partido da oposição nos Açores passou, nesta e noutras matérias, a ser norma.
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