O Programa Regional para as Alterações Climáticas (PRAC) foi aprovado em 2019 (Decreto Legislativo Regional nº 30/2019/A), sendo que o seu 1º relatório de monitorização é de dezembro de 2022, onde se pode ler que 9% das medidas estão implementadas, 52% estão em implementação e 39% não foram implementadas.
O IPMA emitiu esta semana, pela primeira vez, um aviso amarelo para o arquipélago devido a temperaturas elevadas.
As alterações climáticas não são coisa do futuro, os efeitos
são uma realidade do presente, que nos deve convocar a adoptar medidas
preventivas na mitigação dos fortes impactos ambientais, em particular, em
territórios frágeis e vulneráveis como o nosso.
Complementarmente ao estudo científico das alterações
climáticas, devemos querer liderar o exemplo quanto ao caminho a seguir, ao
contrário do que defendeu, paradoxalmente, um membro do governo regional, ao
afirmar que a resposta à emergência climática não pode travar o desenvolvimento
dos Açores (!).
Os sinais são por demais evidentes, é mais que tempo de
passarmos do plano à acção.
PS: “O Calor É Que Te Vai Matar” de Jeff Goodell (Ed. Lua de
Papel) é a minha sugestão de leitura para evitar continuar a “ignorar o óbvio”.
[+] publicado na edição de 16 agosto 2024 do Açoriano Oriental
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