domingo, 12 de julho de 2009

É o fim do Twitter

«O meu "até que enfim!" interior vai para esta boa notícia no PÚBLICO de ontem: "Parlamento dos Açores vai analisar uso do Twitter." Resta saber como o Twitter vai reagir. À hora de escrever esta crónica ainda estava a funcionar.

No entanto, a esta hora os americanos estão todos a dormir. Por outro lado, os Açores ficam mais perto dos Estados Unidos e têm um fuso horário que é só deles, graças ao qual gozam de mais uma hora de sono do que nós aqui no continente. Amanhã, por exemplo, nós temos de acordar às 7 para estar às 9 no trabalho mas os açorianos podem ficar na cama até às 8 - às quais, ardilosamente, chamam "7" para fingir que se levantam às mesmas horas do que nós.

Até queria escrever um tweet sobre isto, mas tenho medo de me antecipar às conclusões do Parlamento Açoriano. Sobretudo, tenho medo de um deputado que lá há. Foi ele que obrigou os colegas a reunirem-se de propósito para analisar o Twitter e, já que estão com a mão na massa sovada, "o uso das novas formas de comunicação".

Foi ele que gritou "Não fala mais no meu nome no Twitter!" e que quase ia batendo no pobre destemido que se atreveu. Deste posso dizer o nome, que ele não me bate: Alexandre Pascoal. Do outro é que está quieto.

Bem sei que isto aqui não é o Twitter mas nunca se sabe se o senhor se ofende. Esperemos pelas conclusões do Parlamento Açoriano antes de avançarmos: foi sempre um bom conselho para os precipitados.»
A ironia mordaz de Miguel Esteves Cardoso na sua crónica do Público.

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