Nas páginas deste jornal, de outros órgãos de comunicação social e das redes sociais de entidades oficiais, a auto-congratulação e a lisonja passaram a ser argumentos recorrentes para justificar a ausência de objectivos estratégicos, a implementação de reformas estruturais e a taxa da execução orçamental (inferior à prevista).
Se dúvidas houvesse, o relatório do Tribunal de Contas
tornou evidente a fragilidade (agravada) dos desafios com que os Açores estão
confrontados.
Na vacuidade do algoritmo (patrocinado), a desfaçatez (e
sobranceria), é repetida, até à exaustão, trasvestida de transparência e
bonomia, tal como o nome (infeliz) do programa dirigido às pessoas “sem-abrigo”,
em Ponta Delgada: HABITUA-TE, significará (!) “vai-te habituando a sair da ruapara ires para a tua casa”.
Perante o domínio do culto da aparência, importa enfatizar
que a acção governativa e a credibilidade dos seus protagonistas deve(ria) obedecer
a elevados critérios morais e reputacionais, como condição fundamental à gestão
da coisa pública e contributo (incondicional) para a confiança dos eleitores no
regime democrático e das suas instituições.
[+] publicado na edição de 03 novembro 2023 do Açoriano Oriental
Sem comentários:
Enviar um comentário