Em tempo de balanço do ano que agora finda, recupero as palavras de
indignação dos agentes culturais açorianos a propósito do atraso dos pagamentos do regime de apoios às atividades culturais: “Nunca, mas nunca, em tempo algum, houve um atraso tão prolongado para saírem os resultados e com consequências tão nefastas para os agentes culturais” (…) “Há muita gente que não recebeu rigorosamente nada” (…) “No caso das estruturas profissionais, se não fosse o Governo central não havia trabalho feito, porque não havia como as sustentar” (…) “Normalizou-se um discurso de que um atraso não é um problema, que não é tão mau, que foi apenas mais tarde um mês ou dois do que no ano anterior. Isto é ridículo, é uma ofensa” (…) “É o pior ano de que há memória e não vale a pena negar”.
Os desafios sempre existiram, mas nunca a sobranceria e o desinteresse (da tutela governamental) foram tão
evidentes (e
gravosos).
No próximo ano existe a
oportunidade de alterar este estado de coisas e conferir à Cultura, e a quem nela trabalha, a
dignidade que merecem, como um pilar de desenvolvimento (social e económico) e de afirmação identitária.
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