Apesar da pandemia a Cultura tem demostrado capacidade em recuperar da adversidade por que passou, expressa por um aumento no emprego cultural (4,5% na União Europeia e 5,4% em Portugal), estimando-se que o número de pessoas empregadas seja de cerca de 200 mil, correspondendo a 4% da força de trabalho do país.
De igual modo, os números associados à fruição cultural
denotam uma retoma sustentada na realização de espectáculos ao vivo, no número
de visitantes nos museus ou no investimento dos municípios em actividades
culturais, com um impacto significativo nas receitas do sector.
Desengane-se quem considere que isto se faz sem investimento público, e sem políticas públicas, devidamente orientadas e munidas da
correspondente rubrica orçamental.
Em sentido contrário estão os Açores, em termos de (ir)relevância
governativa, manifestada pela ausência (de estratégia) e pela exiguidade
financeira, tanto nos organismos próprios como nos recursos alocados à criação
artística.
O futuro exige um novo ciclo que altere este estado de
coisas, colocando a Cultura como eixo referencial da vida pública no
arquipélago.
[+] publicado na edição de 15 dezembro 2023 do Açoriano Oriental
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