quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vacuidade e desconsideração na Cultura

«(...) Chega-se ao fim deste exercício penoso de vacuidade e pretensiosismo sem se perceber o que vai fazer o SEC. A tomar à letra a entrevista que deu, o SEC vai seguramente continuar a divagar sobre os conceitos e os lugares-comuns que tanto preza, e a fazer o que pode na gestão corrente e apertada das instituições que tem sob a sua alçada e cujo funcionamento parece desconhecer. Sobretudo no que respeita às instituições mais patrimoniais — arquivos, bibliotecas e museus —, bem como no que se refere a uma política para o livro, este SEC, a exemplo dos seus antecessores, parece interessado em abandoná-las ao seu próprio destino. Qual grande pensador preocupado com os caminhos da globalização e da Europa, sem esquecer a discussão filosófica acerca dos modelos da “democracia ateniense” — que, devo confessar não me emocionam, mau grado o seu carácter hilariante —, a falta de peso e de meios de que dispõe porventura não lhe deixam alternativa. E é pena! No lugar que ocupo, como leitor assíduo da Biblioteca Nacional, consigo ver o empenho de tantos agentes — votados a si mesmos, desconsiderados e abandonados por quem de direito — e o estado de abandono em que se encontra o nosso património bibliográfico. Nada de hilariante existe nesta constatação, que só me resta denunciar de forma muito séria como um acto de pura irresponsabilidade
A ler o texto do historiador Diogo Ramada Curto na edição de 22/02/2013 do Público.

Para quem não leu aqui fica a entrevista ao SEC - Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, concedida ao mesmo jornal.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A bomba (!)

Marcelo diz que Passos tem de reconhecer que falhou
E tudo continuará como dantes...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ziphius



O protótipo Ziphius, um robô aquático, é o primeiro projeto da Azorean, uma spin-off da empresa Ydreams e foi escolhido por um dos mais importantes sites internacionais de tecnologia como um dos dez mais interessantes projetos para investir.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Eu já vi este filme

Parque Atlântico, Ponta Delgada, Jan'2013





















A exibição comercial de cinema em Ponta Delgada, e consequentemente na ilha de São Miguel, foi interrompida na passada 4ª feira. Para já não há dados que possam certificar que esta seja uma interrupção temporária ou de carácter permanente. O facto é que de momento ficamos sem Cinema.

A notícia havia sido veiculada, há já algum tempo, mas agora chegou a confirmação pela via mais dolorosa. O encerramento das salas. Acredito que haja uma alternativa para o espaço existente até porque se trata de um serviço imprescindível, parece-me, na actividade de lazer e animação do maior centro comercial de Ponta Delgada. Perante o coro de indignação perante o facto consumado, apetece-me perguntar: onde estavam os que agora reclamam o encerramento das salas de cinema?! A razão pela qual estas encerraram é simples: a contínua perda de espectadores ditou este desfecho. E a crise não justifica tudo.

Os hábitos de quem hoje vai (ou vê) cinema estão em profunda mutação. As salas de cinema dos Açores têm vindo a perder público há mais de uma década. Segundo dados do portal Pordata em 1994 o número médio de espectadores era de 95,4 por sessão, passados 7 anos, em 2011, esse número baixou para 34,4 e desde aí não parou de baixar para, em 2011, se fixar nos 23.

Nos últimos anos esta tem sido uma tendência por todo o país. Fecham mais salas do que aquelas que abrem. Números do Instituto do Cinema e do Audiovisual confirmam que o cinema em Portugal está sobretudo nos centros urbanos do litoral e cada vez mais em multiplexes.

Nos Açores há exibição de cinema em diversas ilhas (em São Miguel para além do circuito comercial existem cineclubes e outras associações que promovem exibições regulares). Mas apenas no Centro Cultural de Angra do Heroísmo é que existe a possibilidade da exibição em formato digital, o que reduz significativamente os custos de exploração e permite ter acesso a um maior número de filmes e aos grandes sucessos comerciais, nomeadamente, todos os que actualmente são filmados em 3D. Existem muitas salas equipadas com máquinas de 35mm (película) mas a sua utilização será cada vez mais residual, ficando muito limitada ao número de filmes disponíveis e com a agravante dos números de espectadores não serem aliciantes para os distribuidores, no que concerne a estreias ou mesmo a um rápido acesso aos títulos. Fazendo com que, muitas das vezes, alguns filmes sejam exibidos meses após a sua estreia, quando a sua disponibilização já está disponível noutras plataformas como o Cabo ou o DVD.

Mas este é um negócio como outro qualquer, quanto a isso não hajam dúvidas. A não ser que o garante da exibição em regiões como os Açores passe por ser Serviço Público. Mas será que o serviço, a programação e a dimensão das salas Castello-Lopes tinham (tiveram) em linha de conta a realidade insular?!

A diversidade da oferta cultural é cada vez mais difícil de manter. E isso preocupa-me. Contudo, não é menos verdade que a disponibilidade financeira das famílias não é a mesma e não há quem programe sem prever esse pequeno grande pormenor. A subida do IVA e do preço dos bilhetes de cinema são, também e em parte, responsáveis. No entanto, considero que o ‘objecto-filme’ passou a ser algo descartável, assim como a internet banalizou a forma como todos nós lidamos com esta expressão artística (tal como acontece com a música). O processo de encerramento das salas de cinema é, infelizmente, uma quase inevitabilidade. Para isso há que perceber que actualmente, por mais que não queiramos reconhecer, a maioria das pessoas consome cinema em casa. Parafraseando o Vitor Belanciano (jornalista do Y/Público): "Pessoalmente, tenho pena, gosto de boas salas e da experiência de ver filmes em público, mas não interessa o que eu penso, nem o que uma minoria sente. Para nós vão continuar a haver salas de cinema, embora menos. E vão continuar a ser germinadas outras formas de dar a ver cinema, como aconteceu no último ano com o filme de João Botelho, por exemplo, que circulou pelo país. Mas essas serão as excepções (que tenderão a multiplicar-se, espero eu) que confirmarão a hegemónica regra: cinema em casa".

O Cinema já não é o que era ou, pelo menos, já não é aquilo que nós queremos que ele fosse.

* Publicado na edição de 04/02/13 do AO
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A responsabilidade não mora aqui



20 anos de gestão autáquica do PSD, em Ponta Delgada, deu nisto.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Quais as Perspectivas para a Cultura no Quadro Estratégico Europeu 2014-2020?





















Em trânsito para ver e ouvir amanhã a partir das 09h/18 no Pequeno auditório do Centro Cultural de Belém.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Serviço Público


domingo, 3 de fevereiro de 2013

O prometido é devido





















21 anos depois aqui está ele.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Perigosa trapalhada

Por mais que queira é difícil ignorar a agenda política nacional. O nível da "trapalhada" não nos deixa tranquilos, quanto mais ignorar a dimensão gravosa daquilo que todos os dias passa nos rodapés da TV.

O Governo da República assume compromissos sem saber a real aplicação das medidas que aprova em movimento fast forward, fazendo à pressão e encurtando procedimentos de modo a tentar cumprir o calendário. Este ímpeto legislativo em modo apressado não augura nada de bom.

Aliás, este tem sido um Governo pródigo em definir prazos irrealistas para questões que são de importância fulcral para o presente mas sobretudo para onde queremos ir. Maior exemplo do que aqui digo é o corte de 4 mil milhões de euros na despesa do Estado que o Governo de Passos Coelho quer implementar até Fevereiro, quando o que estava previsto era um corte gradual até 2014. Mais do que uma discussão séria sobre aquilo que queremos para o futuro do país, o que se está a fazer é apenas o cumprimento de um objectivo orçamental sem levar em linha de conta uma reflexão aturada para uma questão com esta dimensão. Este corte mais não é do que um orçamento rectificativo. Mas já quem diga que mesmo "não chega"(!).

Estamos todos de acordo quanto à necessidade imperiosa em repensar as funções dos Estado. Esta tem sido uma discussão adiada. E pelos vistos não a vamos concretizar, tal a ânsia em proceder ao "corte". Tal como referiu António Barreto, uma das vozes nacionais mais esclarecidas sobre esta e outras matérias, a "(...) reforma deve ser um conjunto de meios para alcançar um fim, um objectivo. Esse objectivo não está definido". E este ponto parece-me particularmente sensível e, pelo nível do discurso governamental, uma questão que se vislumbra perigosa, sobretudo pelo nível de cegueira idealista presente nos vários protagonistas deste processo – Gaspar, Moedas, Relvas, Borges e outros sucedâneos.

Antes sequer de realizarmos esta “discussão”, a mesma já está “minada” (António Barreto). A divulgação do relatório do FMI apanhou quase todos desprevenidos, incluindo o próprio Fundo Monetário Internacional. Contudo não estamos perante um acto ingénuo. Reproduzo aqui o que a este respeito escreveu Manuel Carvalho (Público): “(…) Pode ser que tenha havido uma fuga de informação por falha dos assessores do Governo ou do FMI, que isso pouco interessa. Pode ser até que esta fuga tenha sido minuciosa e estrategicamente pensada para assustar o país e tornar mais aceitável uma proposta no futuro que, sendo dura, está longe de ser radicalmente dura como a que o FMI defende. O que interessa, porém, assinalar é que é absurdo, pouco democrático e ainda menos corajoso que a reforma do Estado seja lançada por nomes para nós tão familiares como Gerd Schwartz, Paulo Lopes, Carlos Mulas Granados, Emily Sinnott, Mauricio Soto e Platon Tinios em vez de ter assinada pelo primeiro-ministro de um Governo responsável pelo presente e pelo futuro próximo do país”. I rest my case.

A acção de Passos Coelho é uma questão ideológica. Por mais absurdo que nos possa parecer, ele acredita verdadeiramente naquilo que está a fazer. E perante a dimensão do abismo, esta perspectiva é verdadeiramente assustadora.

* Publicado na edição de 14/01/13 do AO
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A gozar com o pagode

IVA da cultura e do vinho deveria aumentar, diz o FMI
Isto é demasiado sério para ter piada.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sem tirar nem pôr

«(...) Os sinais de condicionamento do acesso à informação, à cultura e à educação têm vindo a aumentar em Portugal num crescendo avassalador. São muitíssimo preocupantes e não podem deixar de ser vistos como parte de um todo programático destinado a moldar (ou modular?) a sociedade portuguesa ao modelo que Passos Coelho, nas suas limitações culturais, idealizou para o seu país à sua própria semelhança - um país de gente reduzida ao limite inferior das suas possibilidades, limite que não cessa de baixar condicionado por um governo limitado culturalmente»
Artigo de Gabriela Canavilhas na edição de ontem do Diário de Notícias.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mentira ou apenas + 1 trapalhada?!

«(...) Fonte oficial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirmou hoje ao Negócios que o departamento legal da instituição "não ouviu falar de nada" relacionado com um pedido de estudo ou relatório, semelhante ao que foi encomendado pelo governo ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Há poucas horas, Pedro Passos Coelho garantiu: "Nós solicitámos também a uma equipa da OCDE que nos pudesse apresentar um relatório com a mesma finalidade [do estudo do FMI]." Acrescentou ainda que o relatório divulgado quarta-feira pelo Negócios "não será a Bíblia" do governo.
(...)»
Para ler na íntegra.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Abandono

Teatro Micaelense (lado Sul), Dez'2013





















O novo ano já lá vai. Os excessos da época deixam sempre marcas. Umas mais óbvias do que outras.

Em Ponta Delgada, este Natal deve ficar na memória pelo abandono a que a urbe passou por estas festividades.

Passamos literalmente do 80 ao 8. Se antes era o culto da personalidade que comandava a acção municipal, actualmente assistimos a um momento de dessacralização. Antes tudo, agora nada, em nome do rigor orçamental. Esta é por estes dias a panaceia que serve para justificar tudo (ou quase).

Mas esta decisão terá sido tomada por convicção ou, como questionou José San-Bento, "porque a situação financeira do Município está de acordo com o que denuncia a oposição?".

Independentemente da resposta, considero que o cenário vivenciado quer no Natal, quer na Passagem de Ano, pouco ou nada dignificam aquela que, não há muito tempo, vociferava, dia sim, dia sim, ser a "maior" cidade dos Açores.

As questões orçamentais não podem tudo legitimar. Mesmo e apesar da falta de civismo de alguns munícipes, o lixo acumulado durante dias a fio não é uma imagem que se deseje perpetuar. A ausência ou o reduzido número de contentores é um caso flagrante junto a alguns dos maiores aglomerados populacionais.

A limpeza do centro histórico é, infelizmente, algo que ultrapassa estas alturas festivas. A cada fim-de-semana que passa o cenário é terceiro-mundista. Os despojos da febre de sábado à noite ficam por sua conta e risco à mercê de quem ao domingo circula pela cidade. Não vale a pena ignorar que este não é um problema. Assim como, não vale a desresponsabilização argumentativa de que esta é, também, uma crise de valores. Estamos perante evidências concretas da utilização do espaço público. E o município demite-se ostensivamente das suas responsabilidades. Que o digam os turistas que aportam ao domingo em Ponta Delgada.

Não é possível criticar o programa da Passagem de Ano em Ponta Delgada, pois ele não existiu. E não me estou a referir à ausência do espectáculo de fogo-de-artifício. É necessário construir um cartaz turístico para esta época do ano, sendo que o mesmo tem de ser diferenciador. Fazer uma cópia (duvidosa ou de gosto duvidoso) daquilo que outros fazem (e sabem fazer), de nada serve. Agora pergunto: o custo da montagem de um palco nas Portas da Cidade, com som e iluminação, faz algum sentido, se aquilo que é promovido não constitui motivo de atracção?! Serve exactamente que propósito (ou de quem)?!

O centro histórico definha há mais de uma década. Esta não é uma situação nova. Como alguns querem agora veicular. Devido a uma deficiente política urbanística a população abandonou o centro e passou a viver num anel periférico. A “ausência” de estacionamento no centro não explica tudo. Os hábitos de consumo mudaram. Só não vê quem não quer.

A este respeito deixo aqui uma citação de João Teixeira Lopes sobre (A Cidade e a Cultura, 1998) a forma como hoje nos apropriamos do espaço público: "as praças e ruas das cidades transformaram-se em lugares de passagem percorridos por «multidões solitárias». São espaços que se desvitalizaram, deslizando progressivamente da categoria de público para a neutralidade do não-privado, através de um enfraquecimento da categoria especificadora - colectivo - que conferia sociabilidade à relação".

O mundo está em mudança. Ponta Delgada parou. E está, literalmente, ao abandono e entregue à sua sorte.

* Publicado na edição de 07/01/13 do AO
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O absurdo é real

"Isto é um absurdo total, estamos a ser governados por rapazes que não sabem o que estão a fazer. Criam as situações e depois não têm qualquer resposta para as implicações que elas têm"
O resto da notícia aqui.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

2013, o ano de todas as (in)certezas



A leitura do ano que agora termina diz-nos que o pior ainda não passou e aquele que seria o ano de "crescimento" arrisca-se a ser um dos períodos mais dolorosos da história recente da democracia portuguesa.

Apesar das dificuldades e da enorme carga de incertezas com que o país está confrontado em 2013, o Primeiro-Ministro, Passos Coelho, confia que haverá "uma viragem algures no próximo ano". Gosto particularmente do rigor desta previsibilidade e de fazer um paralelismo se as mesmas declarações fossem proferidas pelo anterior titular. Onde é que pára a intelligentsia política e financeira nacional?!

Portugal está imobilizado. O país, a par com o seu Presidente, age sem reacção, espera pela inevitabilidade ou sonha com uma hipotética salvação. A questão é a de que não estamos sós nesta missão. A crise é do mundo ocidental ou do modelo vigente nas sociedades contemporâneas. O consumo, como fim em si mesmo, esgotou-se. A espiral especulativa gorou-se e sem economia real tudo se esfumou. Muito embora haja quem continue a enriquecer com a pobreza alheia e com os países sob intervenção internacional, como é o caso de Portugal.

Enganem-se aqueles que julgam que tudo será como dantes. Estamos num estádio transitório e caminhamos no sentido de um tempo novo. As certezas de outrora deram lugar a um sem número de imprevisibilidades. Continuamos a dar respostas antigas a uma realidade cuja abordagem passa, inexoravelmente, por sair da nossa zona de conforto e olhar, sem tabus, para questões que nos pareciam definitivas e inquestionáveis.

Com isto, não faço a apologia ideológica deste Governo da República e do Primeiro-Ministro que pediu aos portugueses, através da rede que agora se diz social, "orgulho" nos "sacrifícios" que estão a fazer. Esta forma de amizade encapotada não cola, nem me parece particularmente feliz a fórmula encontrada pelos assessores de Passos Coelho em tentar explicar, por estar via, a sua mensagem de Natal que, uma vez mais, se tornou incompreensível à maioria dos portugueses.

A veia obsessiva e completamente desfasada da realidade do país leva a que este Primeiro-Ministro seja, muito provavelmente, o mais impreparado a desempenhar este cargo, levando-o, inclusivamente, a afirmar o que disse no discurso de encerramento da XXII Congresso da Juventude Social-Democrata (JSD): "Hoje, há algumas pessoas que se queixam do esforço que lhes estamos a pedir para que possam ajudar o país a ultrapassar a situação em que ficou", referindo-se a todos os que em Portugal “descontaram para ter reformas, mas não para terem estas reformas", que "não correspondem ao valor dos descontos que essas pessoas fizeram". Insensibilidade social?! Não me parece. Estas afirmações, como outras que têm surgido ao longo deste último ano, quer na chamada "refundação" do Estado, quer nos avanços e recuos de medidas e nas privatizações, não são, na minha opinião, fruto de indefinição. São sim, movimentos orquestrados e trabalhados até ao ínfimo pormenor. Estamos perante uma acção e um discurso governativo sinuoso, egoísta e sem olhar a meios para atingir os fins em que acredita. Como já aqui escrevi, múltiplas e repetidas vezes, este é um tempo perigoso e de todos os perigos.

Para 2013, faço minhas as palavras do coreógrafo Paulo Ribeiro: "O melhor que se pode esperar de 2013 é que seja igual a 2012". Pode parecer uma contradição mas este foi um ano de resistência e de sobrevivência. A questão, "porque não se vê nada" para o próximo ano e que ele muito bem coloca, é – quem nos devolve a "esperança" e quando é que começamos a "viver"?!

* Publicado na edição de 31/12/12 do AO
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A tradição ainda é o que era

Portas da Cidade, Ponta Delgada, 01 Jan'2013





















O local é o ideal para disponibilizar um WC portátil. No centro histórico de Ponta Delgada, junto a um dos locais mais emblemáticos da cidade. Esta manhã, nas Portas da Cidade, o cheiro nauseabundo configurava uma certa patine e ar cosmopolita.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

domingo, 30 de dezembro de 2012

Excessos

Ponta Delgada, 25 Dez'2012





















Com ou sem crise há coisas que, teimosamente, não mudam.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Apanhado na rede

A propósito de um debate "sério e informado".