Speakers' Corner 8
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O Fado do Embuçado
Portugal é prenhe de messianismo. Desde a sua incepção que o país se
constrói na ideia de uma graça divina que longe se estenderá pela...
Há 2 horas
«Faltam casas de banho nas festas A falta de casas de banho públicas e a hora imposta para o encerramento das ‘barraquinhas’ durante as festas do Senhor Santo Cristo são contestadas pelos comerciantes e pelos clientes. (...) Cátia Melo, da ‘barraquinha’ Duarte Melo, que marca presença nas festas há doze anos consecutivos, partilha da mesma preocupação e considera que a instalação de várias casas de banho portáteis em diferentes pontos do recinto das festas poderia resolver o problema. “Não se justifica que exista apenas uma casa de banho pública numa festa com esta dimensão”, declara. (...) Embora o programa oficial das festas do Senhor Santo Cristo termine na próxima quinta-feira, as ‘barraquinhas’ de ‘comes e bebes’ prolongam a sua actividade até ao próximo sábado, com o objectivo de rentabilizar o investimento do aluguer. (AO de 19.05.09)»É incompreensível este estado de coisas. Um problema que se arrasta e uma situação que se prolonga durante as chamadas Noites de Verão no Campo de S. Francisco. A incapacidade em ultrapassar situações como esta é confrangedora. Por estes dias Ponta Delgada foi tudo menos aqui que apregoa ser (e aparenta parecer) - uma cidade sustentável.
«(...) Sem se perceber bem como e porquê os “custos” da obra não são da paróquia, nem da Diocese, nem dos seus fiéis, nem mesmo da autarquia de Ponta Delgada…serão de um generoso construtor civil(?). Quem é o indulgente na construção da nova igreja? Mas mais que os contornos do inapropriado “investimento”, preocupa sobretudo o estado de debilidade financeira da Diocese, que mostra que não tem objectivamente meios de manter e reabilitar o seu património. O deplorável estado da reconstrução das igrejas destruídas pelo sismo de 1998 no Faial traduz-se, ainda, em várias paróquias e lugares, que “improvisaram” locais para se celebrar a Missa. (...)»Crónica de Estevão Gago da Câmara do passado sábado, 16 de Maio, no AO, sobre a nova igreja do Lagedo. A importância da opinião numa cidade cada vez mais apócrifa.
"respeitem as pessoas, respondam aos seus interesses e torná-los, em última análise, susceptíveis de serem politicamente responsabilizados."Palavras de Stanley Greenberg numa entrada mais que pertinente de Pedro Magalhães sobre a auscultação pública da legalização da "Sorte de Varas" nos Açores.
Câmara de Lisboa vai começar a usar água reutilizada para lavar ruas e regar zonas verdesA água é um recurso escasso e precioso que assume, em ilhas como os Açores, uma enorme importância. Ultimamente tem sido notícia a rotura eminente do abastecimento de água da rede pública em algumas ilhas do arquipélago, com ênfase, particular, na ilha Terceira. Esta situação apesar de circunscrita deve ser tida como prioridade regional. E como regional refiro-me à necessidade de não restringir a esfera de intervenção apenas e somente à acção do Governo, na medida em que é fundamental que todos nós - de forma consciente e activa - possamos alterar práticas e comportamentos ambientalmente insustentáveis. Reduzir o consumo de água, adequá-lo e racionalizá-lo às nossas necessidades e prioridades é, muito provavelmente, o melhor contributo para a preservação do nosso ecossistema.
«(...) É legítimo, natural, naquela sessão, falar dos problemas e das dificuldades actuais. Mas quem não queira alimentar um certo saudosismo da ditadura e a mentirosa mitificação de Salazar, no mínimo não pode traçar um quadro assim negro da realidade do País, silenciando que a revolução libertadora de 1974 cumpriu todos os seus objectivos e foi fiel a todos os seus ideais e princípios.Opinião de José Carlos de Vasconcelos na edição desta semana da Visão. A reter.
Para um certo branqueamento da ditadura contribuem também comparações com o passado absolutamente falsas. Uma delas tem a ver com a liberdade de imprensa. Até já ouvi dizer, pasme-se, que se, no passado, havia Censura, agora também não há liberdade, por causa da existência de processos-crimes a jornalistas, em particular os de José Sócrates relativos a acusações ou suspeições de corrupção no caso Freeport. Ora, só quem não faz a mínima ideia do que foi a feroz Censura prévia, um dos principais instrumentos da tirania, nem sequer faz ideia do que é liberdade e Estado de Direito, pode fazer tal comparação, imbecil e injuriosa para o regime democrático.
Nós, jornalistas, respeitada a deontologia profissional e cumpridas as legis artis, temos o direito-dever de dar as notícias de interesse público, quem quer que seja que ponham em causa. Por sua vez, os cidadãos que se considerem atingidos por elas, mesmo sendo políticos, têm direito a recorrer aos tribunais (embora os políticos estejam sujeitos a especial escrutínio, com as naturais consequências, também jurídicas). Se nós, jornalistas, temos direito a emitir opiniões sobre a acção e o trabalho dos políticos - não nas notícias e separando-as claramente dos factos -, a inversa também é verdadeira e não constitui nenhum escândalo. Há aqui uma série de mal-entendidos e em alguns casos enche a boca com a liberdade quem não tem especial legitimidade nem autoridade moral para o fazer (...).»