No passado sábado, 9 de Maio, o Governo dos Açores celebrou o Dia da Europa com a inauguração da exposição de fotografia “
Desafios Globais, Soluções Europeias: Uma visão açoriana”, organizada pela
Associação dos Fotógrafos Amadores dos Açores, e uma conferência sob o tema “Criatividade e Inovação” na Academia das Artes dos Açores, em Ponta Delgada.
O local não podia ter sido o melhor. A
Academia das Artes merece a melhor atenção de todos nós. Não só pelo papel que já desempenhou como também pela tarefa recente, pela mão da nova direcção e em particular pela artista
Nina Medeiros, em reposicionar a instituição no roteiro maior das artes plásticas nos Açores. A este propósito veja-se a exposição recente de José Pedro Croft, por exemplo.
O programa comemorativo não podia ser mais aliciante. Isto apesar de quase à mesma hora acontecer o fim do
SATA Rallye e por via desse facto estar instalado o caos na circulação automóvel no centro histórico de Ponta Delgada. Mesmo assim e à hora prevista a sala estava repleta para ver e ouvir os conferencistas presentes e a exposição patente.
Numa altura em que a “crise” domina os headlines noticiosos, o painel de convidados constituía a prova de quão criativos são os portugueses, cujo trabalho tem tido, nestes casos, uma repercussão e uma pertinência global. Mas isto é quase sempre relativizado pelos “profetas do apocalipse”.
A conferência contou com a participação de
Carlos Zorrinho, coordenador nacional do A
no Europeu da Criatividade e Inovação, de
Leonel Moura, artista plástico e Embaixador para o Ano Europeu da Inovação e Criatividade de
Elvira Fortunato, investigadora e inventora do chip de papel e de Manuel Sousa Lima, jovem açoriano designer e fundador da Visual Complexity nomeado pela revista americana
Creativity como “uma das 50 mentes mais criativas e influentes de 2009”. As comunicações não desiludiram e constituíram-se como uma agradável surpresa naquele final de tarde.
A importância da Europa no nosso quotidiano é inquestionável e os desafios presentes à sua fundação são ainda hoje válidos, pelo que a necessidade de “criatividade” e “
inovação” são imprescindíveis para “para vencer os novos desafios globais que surgem” (cit.
Robert Schuman).
* edição de 12/05/09 do
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Nicolau Wallenstein#