terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia da Europa, uma visão açoriana



No passado sábado, 9 de Maio, o Governo dos Açores celebrou o Dia da Europa com a inauguração da exposição de fotografia “Desafios Globais, Soluções Europeias: Uma visão açoriana”, organizada pela Associação dos Fotógrafos Amadores dos Açores, e uma conferência sob o tema “Criatividade e Inovação” na Academia das Artes dos Açores, em Ponta Delgada.

O local não podia ter sido o melhor. A Academia das Artes merece a melhor atenção de todos nós. Não só pelo papel que já desempenhou como também pela tarefa recente, pela mão da nova direcção e em particular pela artista Nina Medeiros, em reposicionar a instituição no roteiro maior das artes plásticas nos Açores. A este propósito veja-se a exposição recente de José Pedro Croft, por exemplo.

O programa comemorativo não podia ser mais aliciante. Isto apesar de quase à mesma hora acontecer o fim do SATA Rallye e por via desse facto estar instalado o caos na circulação automóvel no centro histórico de Ponta Delgada. Mesmo assim e à hora prevista a sala estava repleta para ver e ouvir os conferencistas presentes e a exposição patente.

Numa altura em que a “crise” domina os headlines noticiosos, o painel de convidados constituía a prova de quão criativos são os portugueses, cujo trabalho tem tido, nestes casos, uma repercussão e uma pertinência global. Mas isto é quase sempre relativizado pelos “profetas do apocalipse”.

A conferência contou com a participação de Carlos Zorrinho, coordenador nacional do Ano Europeu da Criatividade e Inovação, de Leonel Moura, artista plástico e Embaixador para o Ano Europeu da Inovação e Criatividade de Elvira Fortunato, investigadora e inventora do chip de papel e de Manuel Sousa Lima, jovem açoriano designer e fundador da Visual Complexity nomeado pela revista americana Creativity como “uma das 50 mentes mais criativas e influentes de 2009”. As comunicações não desiludiram e constituíram-se como uma agradável surpresa naquele final de tarde.

A importância da Europa no nosso quotidiano é inquestionável e os desafios presentes à sua fundação são ainda hoje válidos, pelo que a necessidade de “criatividade” e “inovação” são imprescindíveis para “para vencer os novos desafios globais que surgem” (cit. Robert Schuman).


* edição de 12/05/09 do AO
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**** Foto X Nicolau Wallenstein

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