sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Ausência(s)

O país (e o mundo) sofre(m) as consequências da urgência climática, com elevadas temperaturas (Julho foi o mais quente desde que há registos) e incêndios explosivos.

Nos Açores, a chuva é convidada do Verão. O espectáculo (de relâmpagos e de luz) causado(s) pela tempestade, não fazia prever as inundações em vias e habitações (no norte da ilha de São Miguel).

Nesta legislatura, a política ambiental (também, mas não só) eclipsou-se. Felizmente, desta vez, não houve vítimas mortais, se as houvesse talvez (os dirigentes políticos) se dignassem a comparecer e prestar solidariedade a quem assistiu à natureza a entrar-lhe, literalmente, pela porta adentro.

As alterações climáticas não são futurologia, fazem parte do nosso presente, não há como evitar, nem ignorar.

O que se exige, a quem governa, é que planeie e execute medidas preventivas que consigam minorar os prejuízos causados por eventos climáticos extremos.

A ausência de respostas em áreas fundamentais como os resíduos, infestantes, a limpeza de ribeiras, térmitas e trilhos pedestres deviam preocupar quem, aparentemente, “comemora o passado, olha o presente” e diz querer “projetar o futuro”.

[+] publicado na edição de 25 agosto 2023 do Açoriano Oriental

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