O governo regional decidiu a revisão do Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores (PEMTA), elaborado em 2015,
sem que desse a conhecer o balanço da implementação ocorrida até aqui.
Seguimos em frente, sem sequer querer olhar para trás, nem
reflectir o que ocorreu menos bem, na ilusão que os números estão a nosso favor
e que o crescimento (aparentemente ilimitado) é o único caminho.
Resta-nos o jargão da sustentabilidade que é receita para
todas as maleitas e a solução (final) para o desenvolvimento económico e social
da região.
A diferenciação que assumimos (de)ter é aquela que não
depende da natureza humana. A exuberância da paisagem que nos envolve é a (única)
razão pela qual o arquipélago existe como destino turístico.
Uma das medidas do PEMTA residia em gerar uma “Cultura de
Turismo nos Açores” e de “Hospitalidade Açoriana”. Seria importante avaliar
este objectivo, uma vez que continua a ser mais fácil obter (na restauração
local) uma sobremesa (massificada) do que um doce tradicional.
Urge medir este estado de coisas através do acesso (com
maior regularidade) aos inquéritos de satisfação do turista que visita os
Açores (como contraponto, necessário e fundamental, ao vazio dos números).
[+] publicado na edição de 11 agosto 2023 do Açoriano Oriental
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