quarta-feira, 30 de junho de 2010

@ Horta














Conforme já havia sido noticiado é formalizado, na próxima 6ª feira, o auto de consignação da obra para a "Reabilitação da Casa Manuel de Arriaga".

Um projecto emblemático para o Faial e para o arquipélago, cuja execução, e subsequente conclusão, integra as comemorações oficiais, nos Açores, do Centenário da República.

* Devido à greve da SATA - Air Açores a assinatura decorreu a 06.07.2010

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Barracada


A propósito do 'Estádio do Mundial' instalado em pleno coração da cidade de Ponta Delgada, nas Portas da Cidade - no seu ponto mais emblemático (a continuar assim não sabemos) - há quem, justamente, se indigne e há, por outro lado, quem concorde com a iniciativa, pelo seu 'cariz popular'.

Os fins nem sempre justificam os meios. E animar o centro histórico é um desejo partilhado por todos, acredito. Questionar o que se faz é que não. Isso não é lá muito, vá lá, democrático, segundo a urdidura do município. São as "vozes do costume", dizem. Instalar um campo da bola, com bancada a condizer e um ecrã, do outro lado da rua, onde não faltam a máquina de cerveja e os respectivos matraquilhos. Isso sim. E até pode passar a ser tradição. Como outras manifestações que agora são e que antes, sabemos lá como e porquê, não eram mas que por artes, que só a animação sabe recriar, passaram a sê-lo.

Ali não, diria eu. Outros locais podiam acolher melhor a iniciativa sem manchar a paisagem. O Largo de São João, por exemplo, onde pouco ou nada lá a CMPD faz, o Campo Mártires da Pátria, como já li algures e que pouca visibilidade tem, o Campo de São Francisco, que pela adulteração a que foi sujeito não daria pela 'diferença' ou o requalificado Relvão. Mas não. Nas Portas da Cidade é que é. Se ao menos a estrutura de acolhimento tivesse sido edificada com alguma dignidade. Mas também não. O que lá está não honra a cidade e o Património que a sustenta. Acho até que a estátua de Gonçalo Velho está ali a mais. Mas isso pode ser apenas impressão minha. Ou má vontade nas aleivosias de outros.

Esta é mais uma prova de que a intenção era boa mas a fórmula encontrada não foi a melhor. Não assumir o 'desacerto' é caturrice. Tudo o resto é demagogia e populismo.

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Diving in Azores




«Diving with more than 20 Manta Rays "Mobula tarapacana" in Princess Alice Bank located in the North Atlantic Ocean in the Azores Islands, 45 Miles off Faial island.

Princess Alice is one of the top dives in the world for experienced divers. Although the specie of Manta is different from the one that can be found in famous places like Yap, Maldives or Socorro islands (Manta birostris) it is a dive that can easily be matched with these destinations to observe the gentle giants.

Princess Alice is a mountain that arises from more than 1000 meters depth until a minimum of 32 meters under the surface. It takes 3h30 to get there from Horta (Faial island). It is what we can call a real "Dive in the Big Blue".

The images where recorded in August 2009 during two dives with Dive Azores».

Via Best Travel Tips

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domingo, 27 de junho de 2010

Ministra da Cultura em entrevista ao Público















O financiamento não abunda e os cortes são inevitáveis. E na Cultura, em que os recursos são sempre mais que limitados, é natural que perdas orçamentais até 20% sejam, para os agentes culturais, um cenário 'dramático'.

A Ministra não põe o dedo na ferida e assume as dificuldades com a frontalidade que lhe reconheço. Mas mantém a sua aura 'optimista', quando diz que «(...) «(...) Não ganhamos nada com derrotismos e miserabilismos. (...)». Num país como Portugal, 'deprimido' há 500 anos, é bom saber que há quem esteja na disposição de contrariar esse desígnio nacional.

Para ler na íntegra.

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sábado, 26 de junho de 2010

Serviço Público

Pelo investimento continuado do Teatro Micaelense em mostrar o que mais ninguém mostra. E neste caso, em particular, por integrar quem geralmente fica de fora.

Participação de serviço público extensível, igualmente e merecidamente, ao autor do vídeo que aqui nos mostra aquilo que a maioria desconhece e que aqui faz o que outros deviam fazer...

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

@glastofest















Os Açores em Glastonbury através dos Blasted Mechanism (palco West Dance).

* Foto Google

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Consulta Pública - Indústrias Culturais e Criativas





Sessão 2 Ponta Delgada 24 Jun'10
Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada

Moderador Rui Jorge Cabral (jornalista)

21h00 DRC, Jorge Paulus Bruno
21h15 9500-Cineclube, João da Ponte
21h30 Escola de Novas Tecnologias dos Açores, João Lima
21h45 HDG-Açores, Miguel Borges Pombo

Perguntas em 'debate'_

- Como criar mais espaços e melhor apoio para a experimentação, a inovação e o espírito empresarial nas ICC? Mais particularmente, como melhorar o acesso aos serviços TIC em/para as actividades culturais e criativas e como melhorar a utilização dos seus conteúdos culturais? Como podem as TIC tornar-se forças motrizes para novos modelos de actividade em algumas ICC?
- Como promover parcerias entre as escolas de arte e design e as empresas, como forma de promover a incubação, a criação de novas empresas e o espírito empresarial, bem como o desenvolvimento de cibercompetências?
- Como pode a «tutoria por pares» nas ICC ser incentivada a nível da União Europeia?
- Como estimular o investimento privado e melhorar o acesso das ICC ao financiamento?
Existe valor acrescentado para que os instrumentos financeiros a nível da UE apoiem e complementem os esforços feitos aos níveis nacional e regional? Em caso afirmativo, como?
- Como melhorar o acesso ao investimento das empresas das ICC? Que medidas específicas podem ser tomadas e a que nível (regional, nacional, europeu)?
- Como reforçar a integração das ICC no desenvolvimento estratégico regional/local?
- Que ferramentas e que parcerias são necessárias para uma abordagem integrada?
- Quais os novos instrumentos que devem ser mobilizados para promover a diversidade cultural através da mobilidade das obras culturais e criativas, dos artistas e dos profissionais da cultura, dentro e fora da União Europeia? Em que medida podem a mobilidade virtual e o acesso em linha contribuir para esses objectivos?
- Que instrumentos devem ser previstos ou reforçados a nível da UE para promover a cooperação, o intercâmbio e as trocas comerciais entre as ICC da UE e os países terceiros?
- Como acelerar os efeitos positivos das ICC nas outras indústrias e na sociedade em geral? Como se podem desenvolver e pôr em prática mecanismos eficazes para essa divulgação de conhecimentos?
- Como promover «parcerias criativas» entre as ICC e os estabelecimentos de ensino/empresas/administrações públicas?
- Como apoiar uma melhor utilização dos actuais intermediários e o desenvolvimento de uma vasta gama de intermediários que actuem como interface entre as comunidades artísticas e criativas e as ICC, por um lado, e as instituições de ensino/empresas e órgãos da administração pública, por outro?


O LIVRO VERDE pode ser lido na íntegra aqui.

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ontem















O dia na delegação da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, em Ponta Delgada, foi assim.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Descubram as diferenças




Esta é a mesma líder que diz (apesar de ter sido recomendada a sua não utilização no léxico parlamentar) não ter "uma visão 'autista' da política. (...)".

Pois, vamos todos acreditar que isto é mesmo assim.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sinalização



Cruzamento das ruas José Maria Raposo Amaral e Guilherme Poças Falcão, no centro histórico de Ponta Delgada. Por aqui, e 'arredores', não faltam exemplos de edíficios degradados.

Perante este cenário, considero que deviam ser tomadas medidas preventivas, nomeadamente, a sinalização de imóveis que possam estar ou ser considerados de 'risco'.

Fica aqui o sinal.

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domingo, 20 de junho de 2010

@ Horta




















Um projecto com sede no Faial que me fez recordar tempos idos...e outros projectos, entretanto, desaparecidos.

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sábado, 19 de junho de 2010

Teatro Micaelense lembra Jacques Brel nos Açores















O Teatro Micaelense é palco amanhã (hoje), pelas 21h30, do espectáculo “Brel nos Açores”, que evoca a estadia do mítico cantor belga no Faial em 1974, por motivo de doença.

Não se trata de uma peça de teatro tradicional, mas antes de uma performance protagonizada pelo único actor em palco, Dinarte Branco, que no papel de uma narrador peculiar, interage com o único elemento cenográfico em palco, uma vela/ecrã onde são projectadas realidades e ficções sobre a passagem de Jacques Brel pelos Açores. Um formato que permite, por exemplo, que o espectáculo vagueie controladamente por registos que vão do jornalismo à poesia, sem nunca deixar de ser teatro.

Para o actor Dinarte Branco, o espectáculo permite ficar a conhecer a figura de Jacques Brel, “o seu único protagonista pela sua força poética e pela sua personalidade como artista e como homem”, afirmou aos jornalistas durante um ensaio realizado ontem para a comunicação social. Dinarte Branco é actor e também encenador, faz humor nos Contemporâneos, já participou em várias séries televisivas e já trabalhou com alguns dos melhores encenadores e actores portugueses.

Convive com a música de Jacques Brel desde a sua infância e, por isso, ‘nem pensou duas vezes’ quando foi posto perante o desafio de ser o intérprete único desta peça. “Como cantor e, sobretudo, como performer, ele era o melhor, porque mais do que cantar as letras, ele vivia-as”, afirma Dinarte Branco sobre Jacques Brel.

O autor da peça, Nuno Costa Santos, é açoriano e o desafio que lhe foi lançado pelo Teatro Micaelense foi, por isso, um desafio de “emoções”.

Aos jornalistas disse não ser este “um espectáculo com preocupações formais muito grandes, mas sim um espectáculo para celebrar Jacques Brel, cruzando o seu universo com os Açores, com base na realidade, mas também com alguns elementos de ficção”. Jacques Brel passa pelos Açores numa altura da sua vida em que já tinha abandonado os palcos e procurava no vasto oceano um desejo de anonimato, depois de uma vida sob os holofotes. Foi esse anonimato que ele encontrou nos Açores, onde foi muito bem recebido e tratado por um médico, Luís Decq Mota, que não o reconheceu e que, curiosamente, partilhava com Brel as raízes belgas.

Na preparação da peça, Nuno Costa Santos leu bastante sobre Jacques Brel, sentiu o ‘céu’ de Bruxelas, leu e interpretou as letras do cantor belga e foi à Horta reviver esse encontro. “Foi necessário apaixonarmo-nos e apaixonar a equipa toda por Jacques Brel, que não é de uma geração, é um contemporâneo pela sua atitude e pela força das suas letras, que nos falam da condição humana nos seus extremos”, conclui o autor.

Produção da peça representa “um grande esforço” para o Teatro O espectáculo “Brel nos Açores” é uma produção do Teatro Micaelense, representando “um grande esforço que enaltece os Açores, fazendo muito bem a síntese do local com o global”, afirmou Ana Teixeira da Silva, presidente do Conselho de Administração do Teatro Micaelense. Sobre o tema da peça, Ana Teixeira da Silva lembra a importância de associar os Açores a uma personalidade com a projecção mundial de Jacques Brel, aproveitando-se também o facto do espectáculo estar incluído na programação Açores Região Europeia 2010. Depois da estreia em Ponta Delgada, o espectáculo passa pelo Teatro São Luiz, em Lisboa, entre 24 e 26 de Junho, terminando esta primeira minidigressão no Teatro Faialense, na Horta, a 3 de Julho.

Rui Jorge Cabral, in Açoriano Oriental de 18 Jun'10 * Foto Jaume Farré (AO)

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Parlamento aprova proposta do PS para criação de Roteiros Culturais















A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou, esta quinta feira, uma proposta apresentada pela bancada do Partido Socialista, que propõe a criação de Roteiros Culturais, de âmbito regional, em torno das figuras açorianas de relevo da área artística.

Segundo o deputado do PS/Açores, Alexandre Pascoal, o Projecto de Resolução agora aprovado propõe que sejam constituídos roteiros nos Açores, como o de Antero de Quental, em São Miguel; Vitorino Nemésio, na Terceira; Francisco de Lacerda, em São Jorge; Dias de Melo, no Pico; João Correia Rebelo, nas ilhas de São Miguel e Terceira; Ernesto Canto da Maia, em São Miguel, entre outros vultos.

A criação destes roteiros culturais permite, ainda, homenagear figuras importantes do panorama cultural regional, criando percursos temáticos para serem fruídos pelos próprios açorianos e por quem vista os Açores, explicou o parlamentar socialista.

De acordo com Alexandre Pascoal, esta iniciativa da bancada parlamentar do PS/Açores tem, também, o propósito de preservar o património histórico, a cultura e a identidade regional, através da sua promoção.

Para preservar é necessário educar”, afirmou o deputado do PS/Açores, para quem esta iniciativa legislativa traduz-se, ainda, numa mais-valia turística e uma razão extra para visitar os Açores, à semelhança do que acontece com outras iniciativas.

No debate parlamentar, Alexandre Pascoal realçou, ainda, a relevância do momento de aprovação deste Projecto de Resolução, numa altura em que se debate, ao nível da União Europeia, a importância das Indústrias Culturais e Criativas, no âmbito do contributo que a Cultura assegura na economia e no desenvolvimento local e regional.

A materialização dos roteiros em causa passa pela elaboração de brochuras de acompanhamento com a indicação dos percursos a efectuar, contendo um mapa de localização, fotografias identificativas, notas históricas e complementares, grau de dificuldade, distância, duração, e outro tipo de informações relevantes.

* Nota de Imprensa do GPPS

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Intolerável













«Obras por concluir, redes de metal arrancadas, sanitários vandalizados, entulho e lixo é o cenário que espera os locais e os turistas que neste início de Verão desejem frequentar o Parque de Campismo das Sete Cidades. (...) Arsénio Roque, presidente da junta de freguesia das Sete Cidades, está consciente das limitações e dos problemas que afectam o campismo local, mas admite que, de momento, não tem verbas para inverter a situação. "Sei que dá mau aspecto à freguesia e à ilha de São Miguel, é uma vergonha, mas a Junta de Freguesia não tem capacidade financeira para pagar um guarda. Portanto, o parque é gratuito e não vigiado, e se for necessário cobrar entrada é preciso oferecer outras condições. Mas, não temos dinheiro. Vou falar com a Câmara e com a Secretaria para ver o que se pode fazer", conclui o autarca.»
Esta notícia, publicada no Açoriano Oriental na sua edição do passado sábado, reflecte as assimetrias que se vivem no "maior concelho dos Açores".

O processo associado às obras do parque de campismo da freguesia das Sete Cidades é longo, tem vindo a ser adiado e a ‘prioridade’, como agora se comprova, a ser adiada. Isto apesar das declarações da presidente da edilidade, em Mar’09, aludirem para a sua conclusão "em breve". Pelos vistos não estão.

Ninguém questiona que, nos últimos anos, este espaço tem sido alvo de inúmeros actos de vandalismo e mau uso. Mas parte desse problema reside no facto de não existir manutenção, vigilância e uma gestão adequada. É um espaço já de si abandonado por quem por ele devia zelar. E isso não é admissível.

O problema já tinha sido sinalizado há muito.

O que importa aqui reter é que a entidade gestora não acautelou o essencial, ao não atribuir recursos à Junta de Freguesia que sejam compatíveis com as suas responsabilidades, bem como, o próprio alheamento do município e a evidente falta de capacidade da Freguesia para o gerir. Assim como, a notória falta de civismo dos utentes e a angustiante situação socioeconómica vivida no local.

Numa palavra - esta é uma situação intolerável. Quer para quem nos visita, quer para os locais que usufruem de uma das 'maravilhas naturais ' de São Miguel e dos Açores.

Nem imagino o que diriam os jornais se esta fosse uma 'responsabilidade' governamental...

* Foto Açoriano Oriental

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cultura, catalisador do desenvolvimento local
















O Governo dos Açores tem em curso um ambicioso conjunto de investimentos em infra-estruturas, de modo a melhor dotar o arquipélago de múltiplas valências no domínio das artes performativas, na defesa do património móvel e imóvel, no apoio aos criadores e associações, na divulgação interna e externa da produção artística e na promoção da fruição de propostas contemporâneas.

Todas estas acções estão inseridas nos grandes objectivos estratégicos para o médio prazo, nomeadamente, naquele que visa Melhorar as Qualificações e as Competências dos Açorianos, e no qual a Cultura se inscreve como essencial.

Fazer com que a Cultura faça parte da vivência intrínseca das populações pode parecer utópico mas vislumbra-se, cada vez mais, como algo fundamental na formação contínua dos indivíduos. Esta questão deve constituir-se como basilar, deve ser estimulada, deve apelar aos mais novos e, por essa via, cultivar a “contaminação” dos mais velhos.

A fruição dos espaços culturais existentes, e a erigir, tem de ser encarada como uma mais-valia reprodutiva, não só ao nível cognitivo e do intelecto mas, também, como incremento económico no local de implementação.

O Museu e a Biblioteca Pública não podem ser espaços independentes da economia do “local” e devem ser, eles próprios, “o” ou “um” dos seus principais catalisadores económicos, no qual devem coexistir um número significativo de actividades interdependentes, constituindo-se, de forma integrada, como espaços “âncora”.

De modo a consubstanciar esta importância, o impacto do valor da Cultura no desenvolvimento local, realce para o número de entradas verificadas no conjunto dos Museus da região que, desde 2007, tem vindo progressivamente a subir, atingindo em 2009 cerca de 95.000 visitantes, mais 27.000 do que em 2007.

Estes dados são motivo de regozijo mas que podem e devem ser incrementados, na medida em que foram alcançados mesmo e apesar das obras de beneficiação, ampliação e modernização que decorrem em alguns dos nossos Museus. Um aspecto condicionante mas temporário, cuja execução é essencial para o seu bom desempenho e para a missão que lhes é confiada.

Os recursos são, em alguns casos, importa aqui referi-lo, limitados. Pelo que devemos pautar o investimento público para melhoria continuada das condições físicas e de recursos humanos dos organismos oficiais da Direcção Regional da Cultura, como elementos fundamentais na prossecução da política governamental para o sector.

Num país onde a criação está fortemente centralizada, e numa região como os Açores, geograficamente fragmentada, a descentralização cultural é um gesto que se impõe no crescimento e para o desenvolvimento de novos “centros”.

Como cidadãos portugueses, habitemos em Bragança ou em Sta. Cruz da Graciosa, temos o direito de aceder à Cultura e a um serviço público na área da fruição cultural, quer como criadores, participantes ou espectadores. Este é, sem margem para muitas dúvidas, um meio de alcançarmos uma Região, mais equilibrada, mais coesa e mais democrática.

Mas não falo apenas de “recepção” de oferta cultural de qualidade mas, sobretudo, de criação, de crítica e de avaliação, na relação com as diversas manifestações artísticas.

Independentemente do carácter descentralizador há que ter objectivos concretos na política de funcionamento destas infra-estruturas e há que sensibilizar e envolver as autarquias para as suas responsabilidades locais, neste sector, na medida em que são, em muitos casos, os responsáveis pelos equipamentos disponíveis. E, para isso, devem dotar-lhes dos meios e dos mecanismos para funcionar.

Devem todos trabalhar em “rede”, mesmo que não haja formalmente uma Rede.

A Cultura é, perante aquilo que representa e pelo que perspectiva, um sector de importância vital como “factor intangível de desenvolvimento” (in Carlos L. Medeiros, «Cultura, Factor de Criação de Riqueza», UCP, Lisboa, 2008). E a aposta continuada do Governo dos Açores, neste domínio, preconiza esta estratégia, a de vector basilar na formação, valorização e estímulo da sociedade açoriana.

Alexandre Pascoal
Maio 2010


* Adaptação da intervenção na ALRA em Maio’10
** Publicado na edição de 15 Jun'10 do Açoriano Oriental
*** Foto Olhares

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Livro Verde - Realizar o potencial das indústrias culturais e criativas

Arranca hoje, na Horta, o ciclo de 3 sessões de consulta pública sobre a necessidade de se adequarem programas e políticas de âmbito regional, nacional e comunitário, aos desafios actuais e do futuro das indústrias culturais e criativas.

A sessão é pública, a participação é livre e recomenda-se.

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domingo, 13 de junho de 2010

Imperdível



Exposição fascinante, montagem irrepreensível, catálogo irrecusável.

Para rever e voltar + vezes até 12 de Set'10.

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Outros 'alertas'

«(...) Acha que o Governo devia financiar a formação de bailarinos fora dos Açores?
Não. Os bailarinos podem ser formados cá. Acho que se devia financiar mais a companhia de dança, mas não apenas o Governo. A Câmara Municipal também não financia. Falam apenas do Governo, mas as Câmaras Municipais também existem. (...)» *
Pelo menos num ponto não estou de acordo com a Milagres Paz, naquele em que diz que os bailarinos podem ser formados localmente. Podem, é óbvio. Mas essa é uma decisão que cabe a cada indivíduo assumir. Compreendo mas parece-me redutor.

No âmbito dos apoios, o Governo faz a sua parte mas não é possível apoiar tudo e todos na sua plenitude e na mesma proporção. A comparticipação pública, na dimensão cultural como em outras, devia ou deve ser repartida pelos vários poderes públicos (e privados). E isso nem sempre acontece ou não é efectuado com a magnitude desejada.

Esta entrada vem a propósito de um alerta sobre os apoios à cultura nas ilhas e que na sua génese não faz a necessária distrinça entre as entidades visadas, nomeadamente, municípios e governo regional. E isso assume toda a importância, na medida em que pode ser mal interpretada por quem a lê e por quem dá a notícia. Se bem que isso, para alguns, é o que menos importa...

* Entrevista da bailarina/coreógrafa Milagres Paz na edição de 03 Jun'10 do Correio dos Açores (infelizmente não disponível online)

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

'Muros de Abrigo'





















Em dia grande, no recém-inaugurado núcleo de Sta. Bárbara do Museu Carlos Machado, é este o cenário com o qual somos confrontados às portas daquele importante espaço cultural.

Acho que as imagens falam por si...

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terça-feira, 8 de junho de 2010

Azores, a Climate Change Model

«(...) "The Green Islands Project is a really good case study for figuring out how all of these renewable resources can fit together for both the use and supply of energy," Connors says. "And if it works in the Azores, and is cost effective in the Azores, then it will soon be cost effective elsewhere." (...)»
Artigo de Amanda Spake (a Washington, D.C.-based writer whose articles on health, science, education, and the environment have appeared in U.S. News and World Report, The Nation, and the Washington Post, among other publications), à margem do seminário 'Energia e Desenvolvimento Sustentável', que vem corrobar a tese de que o arquipélago é um case study bem sucedido, no domínio das energias renováveis, cujo exemplo pode e deve ser exportado para todo o mundo.

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Informação de utilidade pública




















Estão disponíveis, em exclusivo, nas Lojas de Cultura de Angra, Horta e Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado, as seguintes edições patrocinadas pela Presidência do Governo dos Açores:

. Açores: 9 Ilhas - 9 Fotógrafos
. Palácio de Sant’Ana
. Craig de Mello: Roots = Raízes
. Parar o Tempo (catálogo da escultura de Rui Chafes);

Estes são apenas alguns dos títulos disponíveis. Outros haverá mas que não coube aqui destacar.

Fica aqui a nota que se espera útil.

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domingo, 6 de junho de 2010

Can I Kick It?



People's Instinctive Travels and the Paths of Rhythm é o álbum de estreia dos A Tribe Called Quest e foi uma luvada de ar fresco, a par com De La Soul, Ice-T e Public Enemy, com aquilo que ouvíamos entre portas (o mesmo é dizer - na ilha).

A , mas nem sempre consensual, conivência com as guitarras dominantes só demonstrou a riqueza ecléctica das múltiplas noites de festa...

Can I kick it?
Yes, you (we) can!


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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cultura, investimento continuado















Com o advento do século XXI a Cultura ganhou outra dimensão e deixou de estar circunscrita aos domínios artísticos tradicionais, passando a ser referência na área económica. Nesta medida, "A Cultura é hoje, mais do que um conceito, um factor económico para o qual cada país olha com atenção na perspectiva de obtenção de proveitos financeiros".

O estudo recente sobre o sector cultural e criativo em Portugal, efectuado pela empresa do ex-ministro da Economia Augusto Mateus, revela que em 2006 estas actividades foram responsáveis por 2,8% de toda a riqueza criada no país. Este valor é expressivo e justifica, plenamente, a necessidade de um olhar mais atento sobre o papel da cultura e da criatividade na economia portuguesa e na açoriana, em particular.

A Cultura tem vindo a gizar, com rigor e ambição, uma presença cada vez mais significativa na orientação estratégica para o desenvolvimento dos Açores.

Para 2010 o Governo dos Açores afectou cerca de 22,5 milhões de euros na defesa do Património e no apoio às Actividades Culturais. O que corresponde a cerca de 2,7% do investimento público previsto e a um aumento de 25,8% em relação a 2009.

Este incremento orçamental encontra a sua maior expressão nos inúmeros projectos em obra, contidos no programa de defesa e valorização do património arquitectónico e cultural, dos quais destaco: a construção da nova Biblioteca de Angra do Heroísmo, obra em curso e a bom ritmo de execução; a ampliação do Museu da Graciosa e a reprogramação museológica do núcleo sede; a valorização urbanística e paisagística da área envolvente do Museu da Indústria Baleeira em São Roque do Pico, obra já adjudicada; a construção do Espaço Cultural Multiusos do Corvo, a Temporada Música 2010 e as Comemorações do Centenário da República, cujo início está agendado para o mês de Agosto.

A aposta na formação, na criatividade e a promoção no exterior do tecido cultural insular são prioridades do Governo dos Açores para este ano.

Neste âmbito, destaco o programa de Bolsas de Formação e Criação Artística, para a aposta continuada nas dinâmicas de proximidade pedagógica, casos da Rede de Leitura Pública, da Lira Açoriana, do projecto da Orquestra Francisco de Lacerda e do projecto pioneiro do Museu Móvel, afecto ao Museu Carlos Machado, o qual foi distinguido, em Novembro passado, com um prémio nacional para o melhor serviço de extensão cultural, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.

De igual modo, a Semana de Cultura Açoriana que decorreu entre 2 e 7 de Março, deste ano, em Lisboa, numa co-produção do Teatro Micaelense e do Teatro São Luiz, contou com o empenho e com o alto patrocínio da Região.

Esta foi uma iniciativa pioneira e teve o mérito de durante uma semana ter possibilitado aos criadores açorianos a notoriedade que merecem num dos palcos mais importantes da capital. Algo nunca dantes alcançado.

As repercussões não se fizeram esperar e uma nova edição já se encontra calendarizada e deve, na minha perspectiva, ser ampliada.

Mas 2010 é, sobretudo, o ano que consagra os Açores como Região Europeia’2010.

Este momento revela-se como um canal privilegiado para a promoção do arquipélago através da sua "identidade" e como veículo para "trazer à região a cultura e as vivências europeias".

Um acontecimento que nos enche de orgulho e no qual devemos estar todos, particularmente, empenhados.

Alexandre Pascoal
Maio 2010


* Adaptação da intervenção na ALRA em Maio’10
** Publicado na edição de 03 Jun'10 do Açoriano Oriental
*** Foto Fernando Resendes (Teatro Micaelense)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Exemplo de 1 boa experiência turística



Um vídeo caseiro efectuado por um turista que visitou a ilha de São Miguel e que, mesmo com os percalços causados pela nuvem de cinzas, não deixou de se divertir e de considerar a ilha um 'almost' paradise...

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Inevitabilidades

Organismos da Cultura preparam-se para cortes imediatos
Apesar de ser considerado um sector suspeito e que tem por costume o corte, numa época de crise, como esta que atravessamos, temos todos, inevitavelmente, de contribuir para a consolidação das contas públicas.

A Cultura cumprirá a sua quota mas não lhe caberá a parte de leão.

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